Governo anuncia mais medidas emergenciais para a Terra Indígena Yanomami
Além de garantir saúde e assistência, o governo também pretende impedir o transporte aéreo e fluvial de grupos criminosos pela região
Garantir o rápido acesso à agua potável, por meio de poços artesianos e cisternas; medir a contaminação por mercúrio dos rios e traçar estratégias para impedir o transporte aéreo e fluvial de grupos criminosos pela região são algumas das medidas anunciadas nesta segunda-feira (30), após reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo para tratar sobre a crise que se abate sobre a Terra Indígena (TI) Yanomami, localizada entre os Estados de Roraima e Amazonas.
A TI Yanomami é a maior do país em extensão territorial e sofre, há muitos anos, com a invasão de garimpeiros. Eles contribuem para a contaminação das águas da região por meio do mercúrio utilizado na atividade de garimpo e, também, ajudam a desmatar ainda mais a área, o que impacta na segurança e disponibilidade de alimento nas comunidades, além de facilitar a proliferação de doenças, como a malária.
Segundo nota emitida pela Presidência, as medidas - que também incluem a intensificação da assistência nutricional e de saúde para os indígenas, além da garantia de segurança necessária para que equipes de saúde possam atuar nas aldeias - devem ser adotadas o mais rapidamente possível, para “estancar a mortandade e auxiliar as famílias yanomami”, pontuou o comunicado.
“As ações também visam impedir o acesso de pessoas não autorizadas pelo poder público à região buscando não apenas impedir atividades ilegais, mas também a disseminação de doenças”, completou.
Ainda nesta segunda-feira, 30, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou um grupo de trabalho que deverá apresentar propostas de ações a fim de combater as atividades de organizações criminosas em terras indígenas, incluindo o garimpo ilegal.
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