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Gêmeos batizados de Cosme e Damião mantém tradição de distribuir doces a crianças há 72 anos

No Pará, há 192 pessoas que se chamam ‘Cosme’ e outras 195 chamadas de ‘Damião’

O Liberal

Os festejos de Cosme e Damião,  padroeiros das crianças e dos médicos,  são realizados nos dias 26 e 27 de setembro, com orações e distribuição de bombons e guloseimas aos pequeninos. Mas, há também quem prefira homenagear os santos gêmeos batizando os filhos com o mesmo nome destes. 

De acordo com o Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 200 milhões de habitantes com mais de 130 mil nomes diferentes. Já quando se pensa na simbologia dos santos gêmeos para os paraenses, pode-se concluir, segundo os dados, que 192 pessoas que se chamam ‘Cosme’ e outras 195 chamadas de ‘Damião’, ambos com maior popularidade em 1970.

Ficou curioso com a coincidência? Conheça a história dos gêmeos de 72 anos batizados em homenagem aos santos que distribuem doces, no Rio:

Nascidos em 6 de abril, os irmãos cariocas Cosme e Damião, de 72 anos, foram batizados com os nomes dos santos por conta da devoção do pai,  após a família ser pega de surpresa com a chegada de dois bebês.

“Meu pai sempre foi devoto, tinha a imagem dentro de casa e fazia as preces e orações todo dia. Quando engravidou, a minha mãe não sabia que seríamos gêmeos, foi uma surpresa na hora do parto. Pela devoção, meu pai não titubeou e fez essa homenagem aos santos” conta Cosme, em entrevista ao jornal Extra. 

A semelhança entre os irmãos é tanta que Damião conta que já foi confundido com o próprio irmão até mesmo pela mãe deles. E as situações engraçadas não param por aí. Na juventude, Cosme relembra, aos risos, que trocava de roupa com gêmeos para um ficar com a paquera do outro. 

“Antes da pandemia, nos encontrávamos em festas e estávamos com a mesma roupa. Na padaria onde tomamos uma cervejinha vez ou outra já aconteceu de chegarmos iguaizinhos”, afirma Cosme, que na certidão de nascimento é um ano mais velho que o irmão. 

Mas nem tudo é ao acaso para os gêmeos. Eles também buscam preservar as suas individualidades. Cosme é vascaíno, Damião, flamenguista. Cosme tornou-se eletrotécnico; já Damião, marceneiro. 

Tradição de distribuir bombom permanece viva na família 

Todos os anos, no dia 27 de setembro, os irmãos  Cosme e Damião buscam formas para manter viva o costume, que iniciou com os pais,  de servir bombons para as crianças moradoras de  Marechal Hermes, na Zona Norte do Rio.

Por conta da pandemia e das medidas de isolamento social, nesta segunda-feira (27) eles afirmaram que serão servidos apenas 200 pacotes de balinhas. 

“Estamos organizando para que não haja filas e aglomeração, com entrada das crianças por um portão e saída pela outro. Não vamos deixar que ninguém fique em risco. [...] É uma tradição tão bonita, um dia de tanta alegria”, afirma Damião.

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