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Fósseis encontrados no Nordeste brasileiro são apresentados no Museu Nacional

A coleção, com mais de 1,1 mil peças, agora faz parte do acervo do museu - que está em processo de restauração e reconstrução. Dentre os fósseis, há dois que ainda não foram identificados na literatura científica.

Lívia Ximenes

A nova coleção do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conta com mais de 1,1 mil fósseis encontrados no Nordeste do Brasil. Na manhã dessa terça-feira, 7, a direção do museu e o Instituto Inclusartiz apresentaram as peças como parte do acervo. Entre a coleção, há vestígios de plantas, insetos e dinossauros.

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O Museu Nacional passa por um período de reconstrução e restauração desde 2018, após ser atingido por um incêndio. Membro do Instituto Inclusartiz, Frances Reynolds disse que é importante se voltar para a digitalização de peças e o fortalecimento de relações com outras instituições. “Você pode ter o melhor prédio, mas se não tem coleção, você não tem nada”, afirmou.

Alexander Kellner, presidente do Museu Nacional, estimou a reabertura do espaço para abril de 2026. “O que perdemos é grave e não temos como recuperar. Os fósseis e o material etnográfico. São peças únicas. Nós temos que aprender com os nossos erros e merecer essas novas coleções. Por isso, essas doações são importantes para nós”, disse. O presidente apontou para a relevância de parcerias com instituições públicas e privadas como forma de reconstruir o acervo do museu.

Fundado em 1818 por Dom João VI, o Museu Nacional foi residência da Família Real Portuguesa e sede do Governo Imperial. No acervo havia mais de 20 milhões de peças, entre elas fósseis de dinossauros e trajes indígenas históricos. O incêndio foi provocado por um curto-circuito em um ar-condicionado, ocasionado por diversos fatores, como ausência de investimentos, infraestrutura precária e falta de planos de contingência.

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(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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