Foragido, suspeito de atacar sede do Porta dos Fundos dança em clube russo
Eduardo Fauzi diz que se recusa a "viver uma vida de opressão"
Fotos obtidas pelo "Extra" mostram o empresário Eduardo Fauzi, procurado há um mês pela Interpol, dançando zouk com a mulher em um clube de Moscou, na Rússia, no último domingo. Fauzi é apontado pela Polícia Civil do Rio como suspeito de atacar com coquetéis molotov a sede da produtora de vídeos Porta dos Fundos, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, com outras quatro pessoas, em dezembro. Ele deixou o Brasil um dia antes de ter a prisão decretada pela Justiça.
Na sequência de três imagens, Fauzi está acompanhado da bailarina de origem russo-israelense com quem ele tem um relacionamento e um filho de três anos. A mulher e a criança vivem na capital russa e, por causa deles, o brasileiro costumava viajar com frequência para o exterior antes de se tornar um procurado internacional.
A cena indica que há pelo menos uma dezena de pessoas ao redor do casal. Eles dançam o ritmo favorito de Fauzi: o "lambazouk", uma mistura do zouk caribenho com a lambada brasileira. O empresário fez fama entre os dançarinos do ritmo e já viajou para diversos países como participante de congressos que reúnem adeptos da modalidade: além da própria Rússia, Fauzi já mostrou seus passos de dança na República Tcheca e na Argentina.
Procurado, o suspeito confirmou a veracidade das fotos, bem como a data em que elas foram tiradas. Fauzi também explicou os motivos que o levaram a se expor em um ambiente público, mesmo com seus dados pessoais incluídos na lista vermelha da Interpol desde 8 de janeiro.
"Eu simplesmente me recuso a viver uma vida de opressão e medo interior. De depressão e exílio interno. Minha disposição é revolucionária e, de fato, eu me considero assim", disse Fauzi, que completou: "Não fiz nada de errado e não tenho que ter medo de nada. Pelo contrário, tenho fé e orgulho do homem que sou e das coisas que fiz. Se a Interpol vier, vão me achar confiante e seguro, e vão me levar com um sorriso nos lábios e de cabeça erguida".
Desde que Fauzi foi descoberto na Rússia, os investigadores tinham a informação de que ele havia comprado uma passagem para embarcar de volta para o Brasil em 29 de janeiro. Uma semana depois da data marcada, no entanto, ele ainda segue foragido.
De acordo com Diego Rossi, um dos advogados de Fauzi, a recomendação é para que ele não retorne ao Brasil enquanto a Justiça do Rio não julgar o mérito do pedido de habeas corpus apresentado. No fim de janeiro, um primeiro pedido de liberdade foi negado. Agora, cabe ao Ministério Público (MP) se manifestar sobre o teor do pedido. A expectativa é que ele seja julgado em um mês.
Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que a investigação sobre o ataque à produtora Porta dos Fundos corre sob sigilo.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA