Febre maculosa: Brasil registra 53 casos e 8 mortes, atualiza Ministério da Saúde
A maior concentração de ocorrências é verificada nas regiões Sudeste (30) e Sul (17)
Na quarta-feira (14), o Ministério da Saúde atualizou para 53 o número de casos de febre maculosa confirmados este ano no país, com oito mortes registradas. Todos os óbitos ocorreram na região Sudeste. Foram seis em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. Quanto ao número de casos, a maior concentração de ocorrências é verificada nas regiões Sudeste (30) e Sul (17).
Procurada para comentar a situação do estado diante desse cenário, a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou que “não houve registro da doença em 2022 e, até o momento, em 2023”. “Em 2021, foi registrado um caso de febre maculosa em humano, sendo que se trata de caso importado, pois o paciente foi infectado na cidade de Gramado (RS)”, informa a secretaria, que capacita os centros regionais de saúde e municípios sobre a doença, além de realizar ações educativas e preventivas. O paciente com suspeita de febre maculosa deve se dirigir a Unidade Básica de Saúde.
Para prevenir a doença, a Sespa orienta o uso de roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato; usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitar locais com grama ou vegetação alta, fazer uso de repelentes; verificar se os seus animais de estimação estão com carrapatos; remover o carrapato com pinça, não apertar ou esmagar o inseto e lavar a área com água e sabão. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.
Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e podendo chegar aos pulmões causando parada respiratória.
O Ministério da Saúde reforça que, no geral, os casos aparecem de maneira esporádica. A transmissão da febre maculosa ocorre somente por meio do contato com o carrapato-estrela infectado pela bactéria do gênero Rickettsia. Não há, portanto, transmissão de pessoa para pessoa. “O tratamento oportuno é essencial para evitar formas mais graves da doença e óbitos”, alertou o ministério.
Em nota à Agência Brasil, o Ministério da Saúde disse que está sendo usado um medicamento antimicrobiano para tratar a febre maculosa e que todas as unidades federativas estão abastecidas com os remédios prioritários para o tratar a doença, incluindo São Paulo. A nota diz ainda que dispõe de estoque estratégico para envio de novas remessas aos estados que precisarem.
Campinas
Sobre o surto de febre maculosa em Campinas, interior de São Paulo, o ministério diz que mantém contato com o estado para acompanhamento das ações de vigilância e assistência. O MS também informou que o município é área endêmica, e o período sazonal para a doença vai de maio a setembro.
Para áreas consideradas de risco, o ministério recomenda o uso de roupas que cubram todo o corpo, priorizando calças, blusas ou camisetas com mangas compridas e sapatos fechados. Além disso, são indicadas roupas de cores claras para que os carrapatos sejam vistos com mais facilidade pelo corpo.
“Examine o corpo com frequência -- quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menores as chances de infecções. Caso um animal esteja infestado por carrapatos, procure orientação de um médico veterinário”, diz a nota.
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