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Famílias resolvem morar juntas até resultado de DNA de bebês

Pais fizeram exame por conta própria após desconfiarem que estavam com o filho errado

Redação Integrada de O Liberal com informações de Metrópoles e G1

As famílias que tiveram os bebês trocados em um hospital de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, decidiram morar juntas na casa de uma delas até sair o resultado do exame de DNA que vai determinar a paternidade de cada criança. O material genético foi colhido nesta segunda-feira (29). Um exame inicial apenas confirmou que os filhos não eram dos pais com os quais estavam.

Os bebês nasceram no dia 9 de julho, no Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin), com poucos minutos de diferença. A desconfiança se abateu primeiro em Genésio Vieira de Sousa, um dos pais, que percebeu que o bebê nasceu com olhos azuis e com a pele mais clara que a deles.

Genésio e a mulher, Pauliana Maciel Aguiar de Sousa, fizeram exame de DNA por conta própria. E confirmaram o que já suspeitavam.

Ao saber do caso, o outro casal, Murillo Marquez Praxedes Lobo e Aline de Fátima Bueno Alves, também suspeitaram que o filho recém-nascido poderia ter sido trocado na maternidade. Eles moram em Santa Bárbara de Goiás, que fica a 27 km de Trindade, e tiveram o bebê no mesmo dia e no mesmo hospital que Genésio e Pauliana.

O Hospital, em nota, reconheceu a troca e disse que estava realizando todos os procedimentos para entender o que havia acontecido e disse que afastou quem estava trabalhando nas datas de nascimento e alta.

Sobre o erro do hospital, Pauliana lembra que recebeu o filho sem a identificação, a tornozeleira com o nome da mãe. “Eu trouxe ele para casa sem a pulseira. Estranhei isso, foi diferente dos meus outros dois filhos. Quando temos contato com o bebê após o parto, não tem como, sob efeito de remédios, decorar o rosto do bebê”, disse.

Aline sofre com a possibilidade de devolver a criança que ela tem como filho. “Só penso na hora da troca. Tem a possibilidade de ele não ser meu. É triste olhar o rostinho dele e depois ter que, por um acaso, entregá-lo”, frisou.

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