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Ex-bombeiro suspeito de envolvimento na morte de Marielle movimentou R$ 6,4 milhões, diz PF

Maxwell Simões Corrêa foi preso na segunda-feira

O Liberal

Relatório da Polícia Federal com base em informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa movimentou valores milionários em sua conta pessoal e por meio de uma empresa. Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, Maxwell ganhava R$ 10 mil mensais. Porém, a conta bancária dele recebeu R$ 569 mil e fez pagamentos de R$ 567 mil, ou seja, foram movimentados R$ 1,1 milhão, entre 12 de março de 2019 e 13 de outubro de 2021. 

Os valores representam o dobro dos seus rendimentos e, para a PF, são incompatíveis com sua atividade de servidor público. A corporação afirma ainda que uma empresa vinculada ao ex-bombeiro teve créditos e débitos no valor de R$ 5,3 milhões, em operações suspeitas de lavagem de dinheiro realizadas em período posterior ao crime.

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Foram detectadas também transações de Maxwell com pessoas suspeitas da prática de crimes, como milicianos e acusados de estelionato e importação irregular.

Delação

Em delação premiada feita com a PF e divulgada nesta segunda-feira, o ex-policial Élcio Queiroz, um dos investigados no caso Marielle, deu novos detalhes sobre sua participação e dos outros investigados pelo crime, Maxwell e Ronnie Lessa, que é apontado como a pessoa que efetuou os disparos para assassinar a vereadora.

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No depoimento, Élcio afirmou que o ex-bombeiro foi responsável por custear as despesas de sua família depois que ele foi preso. Segundo a PF, Maxwell é miliciano e explorava a venda clandestina de TV a cabo no bairro Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio. Ele ainda teria assumido parte dos negócios de Ronnie Lessa por causa da prisão dele, em 2019, pelo homicídio da vereadora.

O ex-servidor foi expulso da função de bombeiro em 2022 pelo governo do Rio. Ele foi preso nesta segunda-feira.

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