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Estudante de 14 anos denuncia injúria racial e homofobia em colégio no Rio

No boletim de ocorrência, vítima relatou que quatro meninas o chamavam de 'viado' e dirigiam risadas e olhares em tom preconceituosos quando eram ditos termos como 'preto' e 'macaco'

Iury Costa*

Um estudante de 14 anos do colégio pH, no campus de Botafogo, no Rio de Janeiro, denunciou ter sido alvo de injúria racial e homofobia por colegas de turma. A tia do jovem contou que os ataques começaram em um grupo do WhatsApp dos alunos.

A família registrou um boletim de ocorrência em que a vítima relatou que quatro meninas o chamavam de “viado” e dirigiam risadas e olhares em tom preconceituosos quando eram ditos termos como “preto” e “macaco”.

Os ataques se iniciaram há cerca de três meses, quando o ele começou a estudar no colégio pH. De acordo com Sheila de Paula, tia da vítima, a única atitude da escola teria sido trocá-lo de turma.

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“Eu não acredito que essa seja a única medida a ser providenciada pela escola. Os ataques são recorrentes, meu sobrinho perdeu a vontade de estudar. No começo deste ano ele queria mudar de escola e foi aí que descobrimos os ataques. Como nada foi feito de forma efetiva, recorremos à polícia”, afirma Sheila.

O colégio pH se manifestou sobre o caso em uma nota. Leia a íntegra:

O Colégio pH repudia qualquer atitude discriminatória e qualquer ação nesse sentido não condiz com os valores e diretrizes adotados pelo colégio.

A escola informa que se reuniu com os envolvidos e seus familiares a fim de garantir todas as medidas necessárias para que o respeito e a igualdade sempre prevaleçam, tratando o assunto com toda a seriedade que ele merece.

O Colégio pH destaca ainda que tem como compromisso construir uma cultura antirracista, reafirmando que a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e igualitária é, e sempre será, uma responsabilidade diária.

A escola zela pelo bem-estar e acolhimento de seus alunos e segue integralmente à disposição de todos.

*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política e Economia)

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