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Elefanta de 52 anos morre por eutanásia em santuário brasileiro, no Mato Grosso

Lady vivia no Santuário de Elefantes Brasil (SEB) há quatro anos e sofria com osteomielite

Lívia Ximenes

Lady, uma elefanta de 52 anos, morreu por eutanásia nessa quarta-feira, 15. O animal vivia no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), na Chapada dos Guimarães, Mato Grosso. Conforme a instituição, a decisão pela morte da elefanta ocorreu após ela deitar e não demonstrar interesse em levantar novamente.

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Em publicação feita no Instagram, o santuário falou sobre parte da rotina de Lady, que consistia em receber analgésico três vezes ao dia. Desde segunda-feira à noite, dia 13, a elefanta ficou cada vez menos responsiva. “Na manhã de quarta-feira, toda a nossa equipe veterinária esteve aqui, incluindo Mateus, Dra. Trish e Dra. Luciana, veterinária de equinos contratada que faz visitas quinzenalmente. Como um grupo de pessoas que trabalha com Lady o tempo todo, nós a avaliamos e tristemente concordamos que Lady parecia ter parado de lutar e estava pronta para partir”, disse.


O SEB explicou que não há registros do nascimento de Lady, mas que estimam a ela 52 anos. “As únicas razões para não respeitarmos o que Lady parecia nos dizer seriam egoístas. Por mais difícil que seja a constatação, todos sabíamos que esse problema não iria desaparecer. Mesmo que ela magicamente decidisse se levantar, estaríamos no mesmo lugar que ela em uma semana, um mês ou possivelmente em mais algumas horas”, compartilhou o santuário.

Lady viveu no local por quatro anos, após ser resgatada de maus tratos, assim como Maia, Rana, Mara, Bambi e Guillermina - outras elefantas do Santuário de Elefantes Brasil. Atualmente, o espaço abriga apenas fêmeas da espécie asiática.

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A elefanta sofria com osteomielite, uma infecção óssea sem cura que provoca dores. Há seis meses, Lady teve a crise mais recente e o santuário passou a lhe dar um remédio homeopático para o tratamento. “Consultamos especialistas de todo o mundo sobre seus cuidados e tratamentos, tentamos medicina tradicional, terapias complementares como laserterapia, homeopatia, trabalho energético, qualquer coisa para encontrar um remédio não prejudicial que pudesse lhe proporcionar algum alívio, mas sempre com sucesso limitado. Parte da autonomia consiste em dar a cada elefante a capacidade de decidir não continuar", afirmou. Entretanto, durou pouco.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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