Durante entrevista de emprego, jovem é presa por engano por envolvimento em golpe de consórcio
Familiares da vítima relatam que a jovem chegou na empresa para fazer uma entrevista e já foi sendo encaminhada para um treinamento, sem qualquer procedimento burocrático. Empresa investigada é a Icon Investimentos
Uma jovem, identificada como Lívia Ramos de Souza, de 19 anos, foi presa por engano enquanto participava de um processo seletivo para uma vaga de emprego na empresa Icon Investimentos, na sede localizada no Rio de Janeiro.
Pelas informações oficiais, uma operação policial foi feita no local sob denúncia de um esquema de golpe de consórcio, onde os agentes prenderam ela e outras 17 pessoas que estavam no local.
Familiares da vítima relatam que a jovem chegou na empresa para fazer uma entrevista e já foi sendo encaminhada para um treinamento, sem qualquer procedimento burocrático.
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Nas redes sociais, os familiares de Lívia precisaram fazer publicações esclarecendo o caso, afirmando que a jovem é trabalhadora e havia sido presa por engano.
Além disso, eles contaram que a jovem encontrou a vaga, que seria o seu primeiro emprego, no site Infojobs. “Chegando lá, colocaram ela para fazer treinamento no computador. Não assinou nada, não chegou a fazer venda e não teve movimento de dinheiro entrando na conta dela, só estava treinando. Eu estava no trabalho, e quando foi 20h ela me ligou desesperada dizendo que estava presa”, contou a mãe, Cristiane Pinto Ramos.
O que diz a polícia?
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, as investigações iniciaram após denúncias de várias vítimas. Em nota, a polícia explicou que o grupo foi conduzido para delegacia e optou por só se manifestar em juízo. Então o caso foi enviado à Justiça que, em audiência de custódia, manteve as prisões.
Também houve apreensão de computadores, aparelhos de telefone celular, documentos - incluindo contratos em nome das vítimas -, e um roteiro utilizado para a prática do estelionato.
A empresa investigada, Icon Investimentos, ainda não se posicionou sobre o caso.
*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com