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‘Droga do sapo’: polícia apreende alucinógeno usado por líder espiritual em ‘rituais’

A substância se popularizou nos últimos anos como um suposto tratamento para depressão e ansiedade

Rayanne Bulhões

A Polícia Civil de dois estados conseguiu apreender - de forma inédita - por volta de 12 gramas de um veneno de sapo, com propriedade alucinógena. A droga estava enterrada nos fundos da residência de um líder religioso. O caso foi registrado em Pirenópolis, no Distrito Federal (DF) e no Rio de Janeiro (RJ).  

Ainda de acordo com a corporação, a substância era utilizada em rituais. O veneno é extraido a partir do sapo Bufo Alvarius. A substância se popularizou nos últimos anos como um suposto tratamento para depressão e ansiedade.

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Sobre o sapo com toxinas alucinógenas

O sapo Bufo Alvarius, popularmente conhecido como Sapo do Rio Colorado ou Sapo do Deserto de Sonora, é natural do México e do sudoeste dos Estados Unidos. É famoso em rituais xamânicos. Segundo o Instituto Butatan, doses acima de 100 mg podem provocar alucinações, problemas respiratórios e cardiovasculares, convulsões, ansiedade e paranoia. Normalmente as pessoas extraem e secam o veneno bruto, depois o fumam ou fazem injeções intravenosas.

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O valor da subtância é alto. Cerca de US$ 250, no Texas, até US$ 8.500 em Tulum, no México. “As principais substâncias já identificadas que causam os efeitos psicodélicos são a bufotenina e a sua análoga 5-MeO-DMT, compostos da classe das triptaminas, que possuem estruturas semelhantes a neuromoduladores, como os hormônios melatonina e serotonina (...) “É evidente que, como se trata do principal instrumento de defesa do animal, o objetivo do veneno é causar danos no predador ou agressor, ou até mesmo matá-lo – como acontece, em maior número, com cães”, disse o diretor do Laboratório de Biologia Estrutural do Butantan, Carlos Jared.

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