Coordenadora da Faculdade de Medicina da UnB deixa cargo após exigência de passaporte de vacina

Professora alega que exigência é uma ‘incongruência’ e se diz em desacordo com a gestão

O Liberal
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Após a aprovação do comprovante de vacinação contra a Covid-19, Selma Kuckelhaus deixou o cargo de coordenadora da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB). Em nota, a professora, que faz parte do grupo de servidores não imunizados, afirma estar em "desacordo com a gestão". As informações são do G1 Distrito Federal. 

Na última quinta-feira, a universidade decidiu exigir o comprovante de vacinação completa para a entrada em qualquer prédio da instituição. Em nota, a UnB afirma que "permanece guiada pela ciência e a democracia, preservando vidas" e que os docentes em cargos de coordenação podem deixar a função por decisão própria.  "No cumprimento de sua missão, a UnB orienta que, além da adoção dos protocolos de segurança, toda a população esteja vacinada", completa.

Selma diz que é  "sensível ao momento pandêmico", no entanto, alega que a segurança e eficácia da vacinação "suscitam inúmeros questionamentos". A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e especialistas afirmam que os imunizantes são seguros, testados e eficazes. 

No entanto, a professora considera a exigência do passaporte uma “incongruência”, pois alega que há pessoas que se recuperaram da Covid-19 e têm imunidade natural. Entretanto, há casos comprovados de reinfecção pelo novo coronavírus, e estudos mostram que pessoas que se infectaram ainda transmitem o vírus.

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