Conselho universitário recomenda expulsão de aluna de medicina que ironizou morte de paciente
Essa foi a primeira vez que o conselho da unidade onde ela estudava se posicionou pelo desligamento de um aluno
A estudante de medicina que ironizou a morte de uma paciente nas redes sociais durante um plantão, após perder o horário de descanso, pode ser expulsa do curso. Pelo menos essa é a recomendação do Centro Universitário Cesmac, confirmada pelo vice-reitor da instituição e membro do colegiado, professor Douglas Apratto Tenório. Segundo ele, essa foi a primeira vez que o conselho se posicionou pelo desligamento de um aluno. As informações são do G1 Alagoas.
"Cabe ressaltar que a instituição não compactua com o posicionamento da aluna, mas sabemos que hoje as pessoas usam as redes sociais de diversas formas e que muitas vezes postam coisas que não deveriam ser publicadas”, explicou o professor.
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Tenório informou ainda que a decisão da universidade sobre o futuro da estudante deve observar o princípio democrático da ampla defesa. A estudante e seus pais já foram ouvidos. "Mas é necessário que a comissão de sindicância ouça a aluna e que ela possa apresentar sua defesa de forma ampla”, disse o vice-reitor.
Em seguida, o parecer da comissão de sindicância será encaminhado para a reitoria que publicará uma portaria com a decisão definitiva sobre o caso. Por decisão do colegiado de professores do curso, a estudante está suspensa do curso por um período de seis meses.
Paciente morreu durante o plantão da estudante e foi ironizada
Durante um plantão do estágio na Unidade Mista Dr. José Carlos de Gusmão, no município de Marechal Deodoro, a aluna de medicina do Centro Universitário Cesmac ironizou nas redes sociais a morte de uma paciente que deu entrada na unidade com dores no peito.
“Faltando 10 min para minha hora de dormir, chega mulher infartando e com edema agudo de pulmão, e agora já passou 1:30 da minha hora de dormir, tô put*", escreveu a estudante. O texto foi acompanhado de uma foto onde aparece o nome da paciente e os procedimentos realizados. Em seguida, a jovem atualiza o post dizendo "a mulher morreu e eu não dormi”.
A advogada Luciana Omena, que representa a família da mulher que morreu, Lenilda Silva Nunes, informou que tem analisado os detalhes para decidir o que vai ser feito judicialmente.
A prefeitura de Marechal Deodoro informou que a estudante foi desligada do estágio no Município, não possuindo mais nenhum tipo de vínculo.
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