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Comissão descarta vazamento de material radioativo Césio-137 após furto

A Comissão Nacional de Energia Nuclear tranquilizou a população, dizendo que os materiais foram recuperados e não existe risco nenhum

O Liberal

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) informou que não houve vazamento das fontes contendo o material radioativo Césio-137, que foram recuperadas na segunda-feira (10) em uma empresa de sucata em São Paulo. As cápsulas haviam sido furtadas de uma mineradora na cidade de Nazareno, em Minas Gerais. Segundo Alessandro Facure, Diretor de Radioproteção e Segurança da CNEN, uma equipe técnica avaliou o material e concluiu que as fontes não foram violadas.

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"As primeiras informações dão conta de que estavam íntegras. Não houve rompimento do material contendo Césio e não há nenhum tipo de vazamento ou contaminação, isso foi verificado de maneira extensiva. A Comissão Nacional de Energia Nuclear gostaria de tranquilizar a população, dizendo que os materiais foram recuperados e não existe risco nenhum para a população. Posteriormente, em conjunto com a empresa, avaliando as questões de segurança, tanto do material quanto da própria empresa, a CNEN vai estudar a restituição do material ao seu proprietário", afirmou Alessandro.

De acordo com o diretor da Comissão, os equipamentos sofreram alguns danos durante o manuseio, porém, não comprometeram a segurança do material. No entanto, essa situação pode ter inviabilizado o uso deles pela mineradora AMG Brasil, o que também será avaliado. O órgão técnico aguarda o resultado da investigação da Polícia Civil de Minas Gerais para esclarecer o furto e como as cápsulas chegaram a São Paulo.

Além disso, a Comissão realizou uma fiscalização na mina de onde as fontes foram furtadas e fez uma série de recomendações à empresa para retomar as operações com o material radioativo com segurança. Em comunicado, a AMG afirmou estar comprometida em agir de maneira responsável. A empresa informou que está conduzindo um procedimento administrativo interno sobre o furto para aprimorar as condições de segurança.

As fontes foram furtadas no dia 29 de junho da Unidade de Minerais Críticos da empresa. Segundo a CNEN, as cápsulas contendo o Césio-137 são utilizadas em processos industriais e para medir a densidade do minério. Além disso, elas são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica. Segundo o órgão técnico, as fontes possuem atividade cerca de 300 mil vezes menor do que o material radioativo que causou o acidente em Goiânia (GO), em 1987.

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