Cobra-de-duas-cabeças é encontrada rastejando entre folhas em quintal de imóvel
O animal foi resgatado pela Guarda Municipal, passou por avaliação no Centro de Triagem de Animais Silvestres Juréia-Peruíbe e já foi liberado na natureza
Uma cobra-de-duas-cabeças foi encontrada por uma moradora de Peruíbe, no litoral de São Paulo (SP) na última segunda-feira (3).
O animal com a característica inusitada foi avaliado pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres Juréia-Peruíbe (Cetas). A dona do imóvel onde o animal foi encontrado viu o animal se movendo entre folhas no quintal e chamou a Guarda Municipal. Veja imagens do animal:
VEJA MAIS
A equipe identificou o animal como um anfisbenídeo (cobra-de-duas-cabeças) da espécie Leposternon sp e popularmente conhecida como lagartos-verme. Após exames preliminares realizados no Cetas, não foram constatados ferimentos no animal e ela foi solta em uma vegetação protegida, onde animais desse tipo habitam normalmente.
O que são anfisbenídeos?
As anfisbenas, também conhecidas como cobra-de-duas-cabeças, são um grupo de répteis escamados que pertencem à ordem Squamata e à subordem Amphisbaenia. Elas são encontradas em várias partes do mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicais.
Os animais têm corpos alongados e cilíndricos, semelhantes a vermes. Elas não possuem membros externos, como pernas, o que lhes confere uma aparência distintiva. Sua pele é coberta por escamas e pode variar em cores e padrões, dependendo da espécie e do ambiente em que vivem.
A maioria das espécies é relativamente pequena, variando de cerca de 15 a 60 centímetros de comprimento. No entanto, algumas espécies podem crescer até 1 metro de comprimento. Os animais possuem uma cabeça arredondada e sem pescoço visível. Elas têm olhos pequenos e, em muitas espécies, os olhos são cobertos por escamas, o que dificulta sua visão. No entanto, algumas anfisbenas possuem olhos bem desenvolvidos.
As anfisbenas são carnívoras e se alimentam principalmente de insetos, vermes, larvas e pequenos invertebrados. Elas possuem dentes pequenos e curvos, adaptados para agarrar e segurar suas presas. São adaptados para viver e se mover debaixo do solo e têm corpos flexíveis e uma musculatura forte, permitindo que se movam facilmente através do solo solto.
(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)