Cirurgião plástico é denunciado por casos de violência sexual; médico já havia sido preso
Estevão José Rodrigues foi denunciado pelo MP/RS por diversos crimes sexuais, entre eles estupro e importunação sexual
O cirurgião plástico Estevão José Rodrigues, de 68 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por diversos crimes sexuais. Estevão José segue atuando na capital gaúcha mesmo já tendo sido denunciado em 2021 pelo próprio MP. O médico chegou a ser preso em novembro do ano passado, mas foi liberado e é monitorado por meio de tornozeleira eletrônica. As informações são do portal UOL.
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Os crimes denunciados pelo Ministério Público contra o cirurgião são: estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e importunação sexual. Além dessas acusações, o médico é suspeito de coação no curso do processo, corrupção ativa de testemunha, violação de dever inerente à profissão exercida e calamidade pública.
Segundo a polícia, o cirurgião plástico chegou a procurar as vítimas e oferecer procedimentos estéticos para que as queixas fossem retiradas.
Entre os diversos relatos, uma vítima contou que Estevão sentou-se em uma cadeira e pediu um strip-tease sem música. Outra vítima declarou que o médico elogiou sua lingerie e depois agarrou-a pelos braços e a beijou na boca. Ela conta que o beijo foi “forte, tocando lábio com lábio”.
Uma terceira mulher disse que teve os seios apalpados de forma maliciosa enquanto tinha o corpo demarcado, e que Estevão tentou aproximar o próprio pênis de suas mãos e pernas. O promotor Luiz Eduardo Ribeiro de Menezes solicitou ao judiciário que o médico seja proibido de exercer a profissão.
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul informou ao portal UOL que uma sindicância “sigilosa” está em andamento e que cabe à Justiça decidir se o médico deve ou não ser afastado.
O que fazer em caso de violência sexual?
Segundo o site "não se cale", mulheres que forem vítimas de casos semelhantes devem: procurar uma delegacia para registrar o BO e fazer a denúncia. De preferência, uma delegacia da mulher, onde poderá receber atendimento especializado e mais acolhedor. Isso para os casos em que a violência sexual está descrita em lei.
É preciso levar um documento de identidade e, se menor de idade, deve estar acompanhada de um responsável ou qualquer pessoa maior de idade. Se necessário, a Defensoria Pública pode fazer parte da mediação do atendimento, principalmente quando a vítima não tiver apoio da família.
Na delegacia, a mulher receberá um guia para fazer o exame de corpo de delito em um hospital conveniado ou no Instituto Médico-Legal. Nesse atendimento, ela receberá medicamentos contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), se for o caso.
(*Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão da editora de OLiberal.com, Ádna Figueira)
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