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Ciclone no RS: o que é ciclone extratopical e qual é a diferença para o tropical

Ciclone deixou pelo menos sete mortes e provocou o desaparecimento de outras oito pessoas no Rio Grande do Sul

Carlos Fellip

Desde a última semana, o Brasil tem enfrentado as consequências de um ciclone extratropical que atingiu a região Sul, provocando uma série de estragos. O ciclone no RS, caracterizado por um sistema de baixa pressão atmosférica em latitudes médias, tem se mostrado bastante impactante, trazendo fortes ventos, chuvas intensas e, em algumas regiões, até mesmo neve.

Os ciclones extratropicais são comumente observados em áreas como a Europa, América do Norte e Ásia, mas também podem ocorrer em países como o Brasil. No caso específico do ciclone no RS, nesta sexta-feira (16), ventos de até 100 km/h foram registrados, além de chuvas que causaram alagamentos e deslizamentos de terra.

Infelizmente, o ciclone extratropical deixou um rastro de destruição, com sete pessoas mortas e outras oito desaparecidas no estado do Rio Grande do Sul. O município de Caraá, a cidade de Três Forquilhas e Maquiné são as localidades onde as pessoas ainda estão desaparecidas.

Segundo a MetSul Meteorologia, os ciclones extratropicais geralmente se formam devido à diferença de temperatura entre a região equatorial e as latitudes médias. O ar quente da região equatorial sobe, enquanto o ar frio das latitudes médias desce, criando uma zona de conflito propícia para a formação desses ciclones. Além disso, a presença de correntes de ar em altitudes diferentes também pode contribuir para o surgimento desses fenômenos meteorológicos.

Ciclone extratopical x ciclone tropical

É importante ressaltar que os ciclones extratropicais se diferenciam dos ciclones tropicais, que ocorrem em áreas próximas ao equador. Os ciclones tropicais, mais conhecidos como furacões, tufões ou ciclones, são caracterizados por ventos de alta velocidade. Por sua vez, os ciclones extratropicais, embora geralmente menos intensos, podem causar danos significativos em áreas habitadas.

Diante desses eventos climáticos, a Defesa Civil reforça a importância de adotar medidas preventivas para minimizar os impactos. Entre as recomendações estão o acompanhamento constante da previsão do tempo, a implementação de infraestruturas que previnam enchentes e deslizamentos de terra, bem como a conscientização da população sobre a necessidade de buscar segurança durante a passagem dos ciclones.

Os ciclones tropicais, por sua vez, são grandes perturbações na atmosfera terrestre que ocorrem em áreas de baixa pressão atmosférica com circulação fechada de ventos. Esses sistemas, conhecidos como furacões, tufões, tempestades tropicais ou simplesmente ciclones, são caracterizados por apresentarem um núcleo quente e um centro bem definido, chamado de olho, em sistemas mais intensos. Com ventos que podem ultrapassar 300 km/h em casos extremos, os ciclones tropicais são movidos pela energia térmica liberada quando o ar úmido sobe para camadas mais altas da atmosfera e seu vapor de água se condensa.

Embora o termo "ciclone tropical" seja utilizado de forma geral para descrever esse fenômeno meteorológico, sua denominação pode variar dependendo de sua localização geográfica e intensidade. Assim, no Oceano Pacífico Oeste, ele é chamado de "tufão", enquanto no Oceano Atlântico e no Pacífico Leste recebe o nome de "furacão".

Em vista da ocorrência cada vez mais frequente de eventos climáticos extremos, é fundamental que as autoridades e a população estejam preparadas e adotem medidas preventivas para mitigar os danos causados por esses fenômenos, garantindo a segurança e a preservação das vidas e dos ben

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