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Ciclone danifica redes elétricas e deixa milhões sem energia em SC e RS

O fenômeno que provocou chuvas torrenciais, queda drástica nas temperaturas e ventos de mais de 100 km/h

Reuters

A distribuidora e comercializadora de energia Celesc registrou na últim terça-feira, 30, o maior dano da história da rede elétrica de Santa Catarina, diante da passagem de um ciclone extratropical pelo Sul do Brasil.

Em comunicado publicado nesta quarta-feira, a Celesc disse que o fenômeno climático provocou ventos de mais de 100 km/h, causando quedas de árvores, postes e placas sobre a rede elétrica, o que fez com que cerca de 1,5 milhão de consumidores ficassem sem energia na noite de terça.

A companhia afirmou que até a manhã desta quarta-feira, cerca de 750 mil unidades consumidoras seguiam sem eletricidade - embora o número possa variar, pois o sistema de telecomunicação da empresa também foi atingido pelo ciclone, impossibilitando a identificação total das áreas com problemas.

"Embora a Celesc estivesse preparada para a passagem do Ciclone com equipes de sobreaviso, os danos foram muito significativos", disse a elétrica, que prevê que os trabalhos de reparo possam se estender por alguns dias em determinados locais, especialmente no interior do Estado.

Gaúchos também sem luz

O ciclone também causou sérios danos ao sistema de distribuição da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) do Rio Grande do Sul, deixando 750 mil clientes sem energia na madrugada desta quarta - à tarde, o número já havia recuado para 430 mil.

Segundo nota da empresa, os maiores estragos foram verificados no litoral norte gaúcho e na Região Metropolitana de Porto Alegre, incluindo a capital, onde a estação meteorológica do aeroporto Salgado Filho verificou ventos de até 85,1 km/h.

Os danos no Estado também atingiram linhas de transmissão, com a interrupção de duas delas, que somadas são responsáveis pelo abastecimento de mais de 80 mil clientes, acrescentou a CEEE.

Segundo a empresa de serviços meteorológicos Climatempo, os ciclones extratropicais são áreas de baixa pressão atmosférica geralmente associados a frentes frias --quanto mais baixa a pressão do ar, mais fortes os ventos, podendo haver a formação dos "ciclones bomba", como o que atingiu o Rio Grande do Sul.

O ciclone, que também passou de forma periférica pelo Paraná, teve o epicentro no litoral sul catarinense e litoral norte gaúcho, de acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

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