Caso Victor Meyniel: ator levou 42 socos em 37 segundos e novas imagens são reveladas
O programa 'Fantástico' deste domingo (10) revelou imagens da câmera de segurança do elevador que mostram o ator batendo a cabeça ao ser empurrado por Yuri de Moura Alexandre
Imagens inéditas mostram momentos antes da agressão sofrida por Victor Meyniel que, em apenas 37 segundos, recebeu 42 socos do estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre. O ator foi espancado brutalmente em um edifício localizado em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no dia 2 de setembro. A justiça decidiu manter a prisão preventiva do agressor.
O vídeo da câmera de segurança do prédio repercutiu ao mostrar a violência e, neste domingo (10), o Fantástico revelou novas imagens registradas no elevador e do lado de fora do prédio. Nos vídeos, é possível ver Victor e Yuri conversando em frente a uma boate antes de irem para o apartamento. Já no prédio, os dois conversam enquanto sobem de elevador.
Depois, Yuri entra novamente no elevador e vai para academia. De acordo com as imagens, ele retorna três minutos depois ao apartamento e, segundo Victor, é quando as agressões começam. Durante esse intervalo, a amiga de Yuri enviou várias mensagens de preocupação e reclamação sobre a presença do ator. A câmera do elevador mostra que os dois discutem por um 1 minuto e 15 segundos, até que o agressor empurra o ator, que bate com a cabeça no espelho.
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"Ele me colocou para fora do apartamento. Me expulsou, e me empurrou, eu caí, eu caí no corredor, e eu comecei a ficar tentando entender na minha cabeça o porquê daquela situação, daquele ato agressivo. Por ambas as partes. Não rolou nenhum tipo de conversa comigo de que eu estava sendo, na visão deles, inconveniente, jamais", disse Victor em entrevista ao Fantástico.
Logo após, o ator desce primeiro e Yuri sai de outro elevador. Os dois voltam a discutir por quase quatro minutos, a maior parte na frente do porteiro, Gilmar José Agostini, que assiste a tudo sem interferir.
Assista as imagens inéditas:
Investigação do caso
A agressão levou à prisão de Yuri em flagrante por lesão corporal e injúria por preconceito de natureza homofóbica. A investigação também revelou que ele teria mentido sobre sua identidade, apresentando-se como militar e médico da Aeronáutica, o que o levou a responder também por falsidade ideológica.
A defesa de Yuri afirma que seu cliente não é homofóbico e que sua identidade sexual nunca foi escondida, referindo-se ao fato de ele já ter sido casado com uma pessoa do mesmo sexo. Além disso, a defesa não nega que houve agressão, mas alega que as lesões sofridas por Victor não causaram "incapacidade, perigo de vida ou debilidade permanente". Agora, o caso está sendo analisado pelo Ministério Público.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)