Caso Miguel: Sari Corte Real é denunciada por abandono de incapaz com resultado de morte
Promotor incluiu artigos do Código Penal que agravam as penas pelo crime 'ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade pública'
Nesta terça-feira (14), a primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real, foi denunciada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por abandono de incapaz com resultado de morte, após o caso Miguel. A denúncia combina artigos do Código Penal Brasileiro que agravam as penas pelo crime "ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade pública", na pandemia da covid-19. Com isso, o inquérito sobre a morte de Miguel Otávio segue para a Justiça.
O caso ocorreu em um prédio de luxo no Recife. A mãe da criança, Mirtes Souza, era empregada doméstica da acusada e levou o filho ao trabalho. Ela havia saído do apartamento para passear com a cadela da família dos patrões e deixou Sari Corte Real responsável pelo menino de cinco anos. Ele caiu do 9º andar do prédio.
O Ministério Público recebeu o inquérito policial no dia 3 de julho e tinha o prazo de 15 dias para analisar os autos da investigação e tomar uma decisão. Por meio do promotor de Justiça Criminal Eduardo Tavares, a denúncia foi apresentada à 1ª Vara de Crimes contra a Criança e Adolescente da Capital. A defesa de Sari Corte Real informou que vai se pronunciar somente após ter acesso à denúncia do MPPE.