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Caso Djidja Cardoso: veja quem são os paraenses presos na investigação sobre tráfico de cetamina

Até o momento, a polícia prendeu dez pessoas no caso, sendo que quatro dessas são paraenses

O Liberal

Mais de 10 dias após a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso,  dez pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no caso, até o momento. Entre os detidos estão quatro paraenses, incluindo a mãe e o irmão dela. Segundo a polícia, o grupo religioso "Pai, Mãe, Vida", criado pela família de Djidja, promovia o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário.

Também foram presos funcionários do salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, o coach e ex-personal trainer da família, além de dois funcionários de uma clínica veterinária suspeita de fornecer a cetamina para o grupo.

Ademar Farias Cardoso Neto

Natural de Belém, Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja, é suspeito de liderar o grupo religioso denominado “Pai, Mãe, Vida”, que realizava rituais em que promoviam o uso indiscriminado de cetamina, droga sintética de uso humano e veterinário. Ele foi preso no dia 30 de maio

Ademar é suspeito de tráfico de drogas, associação para o tráfico, aborto induzido sem o consentimento da gestante, estupro de vulnerável, sequestro, cárcere privado e colocar em risco a saúde ou a vida de terceiros.

Uma das vítimas de Ademar foi a ex-companheira, uma mulher de 27 anos, que relatou ter sido aliciada por ele para entrar no grupo religioso, e, inclusive, ter feito uso de cetamina. De acordo com as autoridades, há indícios de que a vítima sofreu um aborto dentro da casa por causa do uso da droga.
 
Em entrevista à Rede Amazônica, o pai de outra ex-companheira de Ademar disse que a filha, de 27 anos, se tornou dependente química e foi salva de cárcere privado após a família procurar a polícia. "Ela ficava anestesiada, ficava fora de si. Não sabia quem era", disse o pai.

Cleusimar Cardoso Rodrigues

Pertencente a Oriximiná, na região oeste do Pará, Cleusimar Cardoso Rodrigues é mãe de Djidja e Ademar. E também suspeita de liderar o grupo religioso denominado “Pai, Mãe, Vida”, além de gravar a família sob efeito da droga. Ela foi presa no dia 30 de maio, mesma data da captura do filho

Claudiele Santos da Silva

Natural de Monte Alegre, município no oeste paraense, Claudiele Santos da Silva é a maquiadora do salão de beleza da família. Ela também foi presa no dia 30 de maio. Na última quarta-feira (5), Claudiele teve prisão domiciliar concedida pela Justiça do Amazonas. No dia seguinte, ela deixou a prisão. 

Marlisson Vasconcelos Dantas

Também natural de Monte Alegre, Marlisson Vasconcelos Dantas é o cabeleireiro do salão de beleza da família e suspeito de ser um dos envolvidos no grupo religioso que utilizava cetamina em rituais chefiados por familiares de Djidja Cardoso. Ele se entregou à polícia no dia 31 de maio.

 
Causa da morte de Djidja 

Encontrada morta no dia 28 de maio, Djidja foi uma das estrelas do Festival de Parintins por cinco anos. O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte da ex-sinhazinha foi causada por um edema cerebral que afetou o funcionamento do coração e da respiração. Porém, o documento não aponta o que teria levado Djidja ao quadro.

A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com uma overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa. O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.

Brasil