Caso Clara Maria: o que já se sabe sobre o crime brutal em Belo Horizonte
Clara Maria Venancio Rodrigues, 21 anos, havia desaparecido no domingo (9). Seu corpo foi localizado na quarta-feira (12), enterrado em uma casa na Região da Pampulha, na capital mineira.
A morte da jovem Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos, chocou Belo Horizonte (MG) nesta semana. Desaparecida no último domingo (9), ela foi encontrada três dias depois, enterrada e coberta por concreto na casa de um ex-colega de trabalho. O crime, que a polícia considera premeditado, envolve motivações de ciúmes, vingança e possíveis práticas sádicas. Veja o que já se sabe sobre o caso:
Como o crime aconteceu?
Clara Maria desapareceu após sair do trabalho para encontrar Thiago Schafer Sampaio, que devia R$ 400 a ela. Por volta das 22h45 de domingo (9), enviou uma mensagem ao amigo dizendo que já havia recebido o dinheiro e estava indo para casa. No entanto, nunca chegou ao destino.
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A Justiça converteu a prisão de Thiago e Lucas para preventiva, ou seja, eles seguem detidos por tempo indeterminado.
Qual foi a motivação do crime?
Segundo as investigações, os dois acusados tinham motivos diferentes:
- Ciúmes e rejeição: Thiago teria ficado incomodado ao ver Clara com o namorado em um bar dias antes do crime. Apesar de a jovem ter desistido de cobrar a dívida, ele entrou em contato e insistiu para pagar, atraindo-a para sua casa.
- Vingança: Clara repreendeu Lucas Pimentel após ele fazer apologia ao nazismo em uma roda de amigos, o que teria despertado um sentimento de raiva.
- A polícia também investiga a hipótese de necrofilia, já que o corpo de Clara permaneceu nu por horas antes de ser enterrado.
O que falta esclarecer?
- A perícia ainda deve confirmar se houve violência sexual contra a vítima.
- As investigações buscam determinar se houve participação de outras pessoas.
- A Defensoria Pública assumiu a defesa dos suspeitos, mas ainda não se pronunciou.
Quem era Clara Maria?
Natural de Uberlândia, Clara Maria morava sozinha desde os 14 anos e trabalhava com arte, produzindo peças de argila e pinturas. Amigos a descrevem como “gentil, responsável e comprometida”. Ela também era skatista e apaixonada por seus dois gatos.
“Foi uma catástrofe. A Clara era muito amada e tinha muitos amigos. Tivemos bons momentos juntos”, disse Fernando Sorrentino, amigo da jovem, ao G1 Minas Gerais.