Caso Bruno e Dom: Com dois advogados paraenses, defesa de pescador pede julgamento pelo Júri
Equipe de defesa de Amarildo da Costa de Oliveira abriu mão do prazo recursal para que o caso seja julgado pelo Tribunal de Júri
Um dos acusados de envolvimento na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips abriu mão do prazo recursal e defende que o caso seja julgado no Tribunal do Juri. Em nota encaminhada ao Grupo Liberal, os advogados do pescador Amarildo da Costa de Oliveira afirmaram que a decisão de não recorrer contra a manutenção do júri popular para julgamento do processo foi tomada diante das circunstâncias do caso.
"Essa medida tem como objetivo garantir que Amarildo seja julgado com justiça, imparcialidade e transparência no Tribunal do Júri. A defesa entende que essa é a forma mais adequada para assegurar uma análise justa dos fatos", diz a nota assinada pela equipe de defesa, que conta com os advogados paraenses Lucas Sá e Américo Leal, e ainda com advogados Gilberto Alves, Goreth Rubim e Larissa Rubim.
"O pescador Amarildo encontra-se preso há mais de dois anos em um Presídio Federal, juntamente com pessoas da mais alta periculosidade, em condições de isolamento e sem contato com sua família", acrescentou a defesa.
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Na semana passada, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região acatou parcialmente recurso apresentado por três acusados pelo assassinato de Bruno e Dom e manteve decisão de júri popular para Amarildo da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima. O terceiro réu, Oseney da Costa de Oliveira, não será submetido a esse tipo de julgamento.
Os três acusados chegaram a pedir que a decisão que os levou a julgamento fosse anulada, sob o argumento de que a confissão feita durante a investigação policial não deveria ser usada contra eles e que a decisão não apresentava fundamentação adequada, além de não ter analisado ou avaliado as defesas que apresentaram.
A defesa do pescador Oseney da Costa de Oliveira, também formada por Lucas Sá, Américo Leal, Gilberto Alves, Goreth Rubim e Larissa Rubim, informou que, na última sexta-feira (20.09), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região concedeu prisão domiciliar ao réu. O pescador já se encontra em Manaus (AM), cumprindo todas as determinações do Tribunal.
Relembre o caso
O indigenista e o jornalista britânico foram mortos em 5 de junho de 2022. Investigações da Polícia Federal apontaram que eles foram vítimas de uma emboscada enquanto navegavam de barco na região do Vale do Javari, a segunda maior terra indígena do Brasil, que abrange mais de 8,5 milhões de hectares.
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