MENU

BUSCA

Caso Brigadeirão: polícia finaliza inquérito sobre morte por envenenamento de empresário no Rio

Seis pessoas foram indiciadas; relatório foi encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro

O Liberal

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou seis indivíduos devido ao caso envolvendo a morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, causada por ter consumido um brigadeirão envenenado em junho. O inquérito do caso foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (12/07).

Júlia Pimenta, namorada da vítima e acusada de manipular o alimento, e Suyany Breschak, conhecida como Cigana Esmeralda e apontada como a mandante do crime, foram indiciadas por homicídio qualificado, além de outros delitos. Ambas encontram-se detidas preventivamente.

VEJA MAIS

Caso 'Brigadeirão': veja o momento em que suspeita de matar empresário se entrega à polícia; vídeo
Júlia Andrade Cathermol Pimenta, psicóloga de 29 anos, estava foragida desde o dia 28 de maio. O caso aconteceu no Rio de Janeiro

Caso do brigadeirão: namorada usou nome falso e se escondeu em hotel; veja
A mulher deu entrada no hotel dia 28 de maio, às 12h, e passou os oito dias em que esteve foragida no local

O inquérito policial também incluiu outras quatro pessoas no caso. Confira a lista:

  • Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada do empresário;
  • Suyany Breschak, cigana, amiga e mentora espiritual de Júlia;
  • Leandro Jean Rodrigues Catanhede, namorado da cigana;
  • Victor Ernesto de Souza Chaffi, amigo da cigana e de Leandro;
  • Michael Graça Soares, suposto comprador das armas;
  • Geovani Tavares Gonçalves, intermediador da compra.

Victor, Geovani e Michael são suspeitos de participarem da compra e venda das armas de fogo do empresário. A polícia realizou as apreensões no último dia 10 de junho.

Fontes ligadas à investigação afirmam que todos iriam se beneficiar da venda das armas e, alguns dos envolvidos, de outros bens de Ormond, como o carro, computadores e relógios.

Após avaliação do MP, o documento pode ser enviado à Justiça, que determina se os suspeitos viram réus ou não.

Possíveis penalidades

artigo 17 do Estatuto do Desarmamento prevê a pena de 6 a 12 anos para quem "adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar".

A pena a ser aplicada pelo homicídio pode variar por causa do entendimento da Justiça e de qualificadores da lei. O crime de homicídio qualificado com uso de veneno tem pena prevista de detenção de 12 a 30 anos, conforme o artigo 121 do Código Penal.

Relembre o caso

Luiz Marcelo Ormond, empresário, foi encontrado morto em 20 de maio em seu apartamento, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele teria morrido aproximadamente três dias antes, após consumir um brigadeirão envenenado dado por sua namorada, a psicóloga Julia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos. Julia se entregou à polícia em 4 de junho, mas optou por não se manifestar.

As investigações apontam que a Suyany Breschak, que se apresenta como Cigana Esmeralda nas redes sociais, seria a mandante e arquiteta do homicídio. A motivação do crime seria financeira.

Brasil