Casal de idosos centenários morre no mesmo dia, com apenas quatro horas de diferença
O casal deixa um legado de amor e resiliência, inspirando todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-los. O funeral foi realizado no Paraná, onde familiares e amigos se reunirão para prestar as últimas homenagens
Após quase oito décadas de vida juntos, o casal de idosos Mamédio Alves Magalhães, de 105 anos, e Ana Araújo Magalhães, de 100 anos, faleceu na manhã desta sexta-feira (30), na cidade de Paranã, localizada na região sul do Tocantins. A história de amor que uniu os dois impressiona, assim como suas idades avançadas.
Mamédio e Ana permaneceram juntos desde que se casaram e viveram uma vida de cumplicidade e afeto. De acordo com Ediana Quirino Magalhães, sobrinha-neta do casal e responsável por cuidar deles, a união dos dois foi inquebrável.
“Há cinco dias, ele ainda estava bem e ela tinha acabado de se recuperar de uma forte pneumonia, mas infelizmente não havia muito o que fazer. Mas ele se recusava a se alimentar. Tudo isso porque a viu sendo internada", relembra Ediana.
Após presenciar o estado debilitado da amada ao retornar para casa, Mamédio se abalou emocionalmente. Para tentar melhorar a condição do idoso, Ana decidiu deixar o hospital. No entanto, na quinta-feira (29), foi Mamédio quem precisou ser hospitalizado.
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Ana morreu em casa e Mamédio no hospital, no mesmo dia, com intervalo de quatro horas. "Na sexta-feira, umas 4h, a gente recebeu a ligação para correr atrás de tudo. Quando foi por volta de 8h, as pessoas que estavam me auxiliando foram dar um banho nela e aí ela ‘foi’ depois desse banho”, contou Ediana.
A triste notícia do falecimento do casal abalou a comunidade local. Apesar dos problemas de saúde nos últimos meses, o casal estava sempre preocupado um com o outro.
“Ele tinha 105 anos, mas ainda falava. Estava lúcido, lúcido. Ela já não era tão lúcida e se acalmava só quando a gente falava Mamédio. Quando era meio-dia, ela perguntava se a gente tinha dado comida para ele. Ela não lembrava o nome de mais ninguém, só o dele”, revelou a sobrinha-neta.
Como não tiveram filhos, era sempre um com o outro. Ediana contou que eles ajudaram na criação de muitas crianças da cidade de da zona rural da cidade onde viviam.
O casal deixa um legado de amor e resiliência, inspirando todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-los. O funeral foi realizado no Paraná, onde familiares e amigos se reunirão para prestar as últimas homenagens.
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