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Cargas de uvas-passas contaminadas são apreendidas em zonas de fronteiras do Brasil

Substância encontrada nas frutas secas é tóxica e prejudicial à saúde quando não está em condições ambientais adequadas

Emilly Melo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreendeu 49 toneladas de uvas-passas contaminadas por Ocratoxina A nos postos de São Borja (RS) e Foz do Iguaçu (PR), áreas de fronteira do Brasil. As frutas secas seriam processadas na região metropolitana de São Paulo e usadas na fabricação de panetones. Com informações do G1.

Segundo o Mapa, os produtos tinham como destino o fracionamento para venda ao consumidor final e a fabricação de produtos natalinos. A substância presente nas uvas-passas é produzida por alguns tipos de fungos, que são tóxicos e prejudiciais à saúde quando não estão em condições ambientais adequadas.

A substância pode ser encontrada em outros alimentos, como: cereais, frutos secos, café, cacau, uvas, e processados, como vinho, cerveja ou sumos de fruta.

De acordo com o Mapa, durante a fiscalização constatou-se que uma das cargas apresentava quatro vezes o limite máximo permitido para uso da substância. “Ao exceder o limite permitido de micotoxina o produto torna-se tóxico, sendo prejudicial à saúde”, explica o coordenador de Fiscalização da Qualidade Vegetal, Tiago Dokonal.

Os limites máximos tolerados para micotoxinas em alimentos atendem aos critérios estabelecidos pela Instrução Normativa nº 88/2021 da Anvisa. O controle de micotoxinas de produtos importados é feito pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) e pela rede credenciada.

O país de origem, que não foi divulgado, será notificado oficialmente pelo Mapa e as cargas serão devolvidas dentro de 30 dias.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)

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