Brasil atenderá estrangeiros em futuros voos de repatriação da FAB

Segundo ministro, “irmãos dos países vizinhos” poderão embarcar, caso haja espaço no avião, para fugir da guerra entre Israel e Hamas

O Liberal
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O Brasil poderá trazer estrangeiros que desejam sair da zona de guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, da Palestina, caso haja espaço nos próximos voos de repatriação, anunciou o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom).

“A partir das próximas viagens, tendo lugar nos aviões, começaremos a trazer os nossos irmãos dos países vizinhos, que não têm logística. No último voo já vieram três bolivianos” disse Pimenta na rede social X, o antigo Twitter.

Ao longo das viagens, um esforço do governo com a Força Aérea Brasileira (FAB), foram repatriadas 1.410 pessoas e 55 pets.

Ao menos 30 brasileiros pediram ajuda do Ministério das Relações Exteriores (MRE) para deixar a Faixa de Gaza, mas ainda não conseguiram sair do território em conflito.

O governo brasileiro negocia a autorização para liberar a saída desse grupo pela fronteira de Rafah, mas ainda não teve resposta do Egito. Enquanto isso, os brasileiros permanecem em residências próprias, ou alugadas pelo Itamaraty, ao sul da Faixa de Gaza.

Nessa quinta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou, por chamada de vídeo, com uma família de brasileiros em Gaza. Eles esperam a abertura da fronteira com o Egito para retornar ao Brasil.

“Coloco-me no lugar de vocês”, afirmou Lula. “Contem com o governo brasileiro. A gente vai continuar a nossa luta, conversar com os presidentes que for possível conversar, para que a gente consiga libertar os reféns, criar corredores humanitários para as vítimas da insanidade”.

Ontem, hoje e amanhã estaremos solidários com as vítimas do sequestro, dessa guerra, porque queremos paz”, ressaltou. “É o poder da palavra contra o poder da arma, o poder do diálogo contra o poder da guerra”, completou.

A família relatou ao presidente a situação crítica em Gaza, com escassez de água, energia, alimentos e medicamentos, além do pânico em meio aos bombardeios e às mortes no local. Segundo o Planalto, eles desejam sair da região o mais rápido possível.

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