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Avião com 465 quilos de cocaína e interceptado por aviões de ataque da FAB

Força Aérea Brasileira fez abordagem e obrigou piloto de aeronave intrusa a pousar

O Liberal
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Uma aeronave Piper P-34 Sêneca, que fazia voo clandestino no espaço aéreo de Mato Grosso do Sul, em direção ao interior de São Paulo, foi interceptada por dois aviões de ataque A-29 Super Tucano, da Força Aérea Brasileira (FAB). Os pilotos da aeronave suspeita tiveram que pousar no aeroporto de Campo Grande. Em solo, agentes acharam 465 quilos de pasta de cocaína na aeronave. O caso aconteceu na madrugada de domingo, 20. As informações são da Agência Estado.

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A droga apreendida pela Polícia Federal (PF) foi avaliada em US$ 350 mil, e o piloto está preso sob acusação de tráfico. O Sêneca entrou no território controlado pela aviação militar vindo da linha da fronteira Bolívia-Paraguai. A aeronave não tinha identificação e estava sem plano de voo. Rastreado pelos radares de controle do tráfego e defesa, não respondeu aos chamados de rádio comunicação.

Como a FAB aborda naves suspeitas?

Nessa condição passou a ser considerado intruso. Os dois Super Tucanos, integrantes do Esquadrão Flecha, da base da FAB em Campo Grande, foram então acionados para a missão de interceptação. Um grande jato E-99M, do Esquadrão Guardião acompanhou a operação para vigiar a zona de atividade com sensores eletrônicos e coordenar os aviões de combate.

Quando o P-34 foi alcançado, os pilotos militares cumpriram diversos procedimentos de abordagem considerando a possibilidade de o silêncio de rádio ser consequência de uma falha no equipamento. O protocolo, para compelir o piloto interceptado a tomar o rumo determinado pelos interceptadores, obedece várias etapas – tentativas de contato por frequências de emergência, sinalização visual, indução de direção – e pode chegar ao recurso do tiro de advertência, quando são feitos disparos com as metralhadoras .50 do A-29 na frente da aeronave irregular.

Depois disso, se o intruso continuar ignorando as indicações, será abatido. No domingo, "não houve risco de uma medida extrema; o piloto do voo ilícito cumpriu as ordens de pronto", disse um agente da Polícia Federal envolvido na ocorrência.

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