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Pânico! Avião colide em urubu e faz pouso forçado com ave pendurada na cabine

Apesar do impacto, o controle da aeronave não foi comprometido, e o piloto conseguiu realizar uma aterrissagem segura

Pedro Garcia

Na manhã da última quinta-feira (05), um urubu colidiu com o para-brisa de um avião monomotor durante o processo de aterrissagem em Eirunepé, um município localizado a mil quilômetros de Manaus. A colisão ocorreu enquanto a aeronave, que havia decolado de Envira, no Amazonas, se aproximava do aeroporto local, situado próximo de um lixão da cidade.

Apesar do impacto, o controle da aeronave não foi comprometido, e o piloto conseguiu realizar uma aterrissagem segura. A bordo estavam cinco passageiros, todos ilesos, e a ave foi removida do local logo após o pouso.

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O caso foi registrado em vídeos por membros da tripulação que estavam a bordo de um voo com destino a Feijó, no Acre. Nas imagens, é possível ver o urubu pendurado dentro da cabine do avião. Um dos tripulantes comentou que “ele (o urubu) não tinha culpa” e destacou que “é isso que acontece quando existe um aeroporto próximo a um lixão”.


Relatórios oficiais já haviam alertado sobre os perigos que o lixão representa, especialmente por estar situado em área urbana e próximo ao aeroporto. Em 2019, o Ministério Público Federal (MPF) identificou essas questões, ressaltando a necessidade de medidas para mitigar os riscos à aviação.

De acordo com informações do Aeroporto de Envira, o impacto da colisão foi suficientemente forte para quebrar o para-brisa da aeronave; no entanto, isso não impediu um pouso seguro. A equipe conseguiu controlar a situação sem ferimentos entre os ocupantes.

Além disso, relatórios do MPF indicam que resíduos variados, incluindo lixo hospitalar e restos de abate de animais, estão sendo descartados em áreas próximas, como na estrada do Chidá. O acúmulo desses resíduos atrai aves de rapina, como os urubus, aumentando os riscos para a aviação. Apesar das constatações feitas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e da comunicação do problema ao Ministério Público Estadual, as condições na área continuam irregulares.

*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Enderson Oliveira, editor web de OLiberal.com)

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