Ataque em creche: governo promete um policial em cada escola e prefeitura anuncia férias
Governador afirma que agentes de seguranças vão estar onde houver crianças
O ataque ocorrido na quarta-feira (4) na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, que deixou cinco crianças ficaram feridas e outras quatro mortas, levou a prefeitura de Blumenau a anunciar férias na rede municipal de ensino para contratar segurança privada. As aulas retornam em 17 de abril. Já o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PL), disse que pretende colocar agentes de segurança nas escolas e creches.
Em entrevista ao g1 SC na sexta-feira (7), a fundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Violências (NUVIC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ana Maria Borges de Sousa, afirmou que a presença de vigilantes ou policiais nas escolas em uma lógica de "criar personagens que fazem a repressão" pode auxiliar no combate das violências, mas não é suficiente. Segundo a especialista, é necessário haver políticas públicas, com o auxílio da comunidade escolar, gestões e governos para incentivar uma cultura de direitos humanos e de direito à vida.
Governador quer colocar policiais em cada escola e creche
Diante do ocorrido, o governador do estado de Santa Catarina, Carlos Moisés (PL), disse que pretende colocar agentes de segurança nas escolas e creches. "Onde a criança estiver brincando, ele [agente de segurança] tem que estar junto. As crianças estão no parquinho, ele tem que estar junto", disse o governador. Em relação às creches e escolas municipais, Mello afirmou que o Estado não irá exigir a escolta armada e que será de responsabilidade de cada administração a decisão.
A iniciativa custará R$ 70 milhões ao ano e será implementada em 1.053 unidades de ensino. Além de policiais militares que estão na ativa, o Estado planeja chamar profissionais aposentados.
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Outras medidas de segurança, como a implantação de 125 câmeras nas escolas do município, já haviam sido anunciadas pela prefeitura após o ataque à creche. A creche onde houve o ataque fará uma reunião com órgãos do governo na terça-feira (11) para traçar planos de segurança.
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