Após repercussão, OAB solicita prioridade para advogadas grávidas e com filhos
A orientação foi feita após uma advogada ser repreendida por um desembargador durante uma sessão
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitará ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que seja emitida a todos os tribunais uma orientação sobre o tratamento de julgamentos com advogadas grávidas, lactantes e responsáveis por crianças e bebês. Essa proposta surgiu depois da repercussão do caso ocorrido na última segunda-feira (22). Na reunião, Elci Simões, desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJE-AM), repreendeu a advogada Malu Borges Nunes após a filha dela, de seis meses, chorar durante uma sessão por videoconferência.
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“É uma sessão do Tribunal, não pode ter cachorro latindo e criança chorando. Então, se tiver alguma criança, coloque em um lugar adequado para não atrapalhar a realização das nossas sessões”, disse o magistrado ao ouvir o choro da criança
Para a presidente da Comissão Nacional da Advogada Mulher, Cristiane Damasceno, na advocacia e em qualquer outra profissão, os pais precisam acumular o cuidado com os filhos com o trabalho. No dia da sessão plenária, a advogada Malu Borges Nunes estava trabalhando em modo home office.
Em nota, a OAB do Amazonas repudiou o constrangimento imposto à advogada. “Deve ser esclarecido que a Dra. Malu Borges Nunes, ao participar de uma sessão remota de julgamento no TJE/AM, dentro de sua residência e ao lado de sua filha, não cometeu qualquer infração disciplinar e nem violou preceito do Código de Ética e Disciplina da OAB”, escreveu a assessoria da OAB-AM.
(Estagiária Karoline Caldeira, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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