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Após morte de empresário, em São Paulo, Anvisa proíbe produtos com fenol em procedimentos de saúde

Segundo o órgão, a proibição tem como objetivo zelar pela saúde e pela integridade física da população

O Liberal

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de produtos à base de fenol e o uso em procedimentos de saúde em geral ou estéticos no Brasil. A resolução 2.384/2024, que estabelece a medida, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira e já está valendo. A determinação ocorre semanas após a morte do empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, que morreu após ser submetido a um procedimento estético com o ácido ainda no dia 3 de junho, em São Paulo.

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Em nota, a Anvisa informou que a proibição tem como objetivo zelar pela saúde e pela integridade física da população, “uma vez que, até a presente data, não foram apresentados à agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos”.

“A determinação ficará vigente enquanto são conduzidas as investigações sobre os potenciais danos associados ao uso desta substância química, que vem sendo utilizada em diversos procedimentos invasivos”, completou a Anvisa.

Procedimento

peeling de fenol é um procedimento autorizado no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é indicado para tratar envelhecimento facial severo, caracterizado por rugas profundas e textura da pele consideravelmente comprometida.

A técnica - executada de forma correta e seguindo as orientações - traz resultados na produção de colágeno e redução significativa de rugas e manchas. A entidade, entretanto, considera o procedimento invasivo e agressivo e diz que a realização em toda a face demanda extrema cautela.

Sobre o caso do empresário

No início do mês, o empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, morreu após um peeling de fenol, o que acendeu o alerta de entidades de saúde e especialistas. O procedimento foi feito pela esteticista e influenciadora Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida como Natalia Becker nas redes sociais, em que acumula mais de 200 mil seguidores.

Ela alega ter feito um curso online sobre o procedimento, o que ainda assim não seria suficiente para torná-la apta, alertam os médicos. Natalia foi indiciada por homicídio doloso com dolo eventual, e a Vigilância Sanitária de São Paulo fechou e multou o Studio Natalia Becker por falta de autorização.

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