Após 'cantada', homem é morto com golpes de picareta na cabeça e tem o corpo jogado dentro de buraco
Júnior de Souza, de 24 anos, era homossexual e foi morto com golpes de picareta na cabeça após, supostamente, ter “dado em cima” do autor do crime
Um homem identificado como Júnior de Souza, de 24 anos, foi encontrado morto dentro de um buraco por uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar, no Distrito Federal. Segundo investigadores da 19ª Delegacia de Polícia, o suspeito confessou o crime à um familiar, alegando que o atacou após receber uma cantada. O crime aconteceu no dia 1º de junho, mês do Orgulho LGBTQIAP+.
O criminoso, identificado como João Mendes da Silva, se encontrou com a vítima na noite de 31 de maio, dia em que Júnior desapareceu. Em registros de câmeras de segurança, é possível observar os dois conversando tranquilamente e saindo juntos logo em seguida. Ainda não se sabe se esse foi o primeiro encontro entre eles.
Ao irmão, o autor do crime confessou ter assassinado Júnior. Assustado, o familiar decidiu registrar um boletim de ocorrência à delegacia da região, onde as buscas pela vítima iniciaram.
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O corpo foi encontrado de cabeça para baixo, dentro de um buraco de 50 centímetros de diâmetro e três metros de profundidade. Segundo as autoridades, João teria usado uma picareta para cometer o assassinato.
De primeira, o confesso conseguiu fugir sendo considerado foragido pela justiça. No entanto, foi encontrado em Goiânia dias depois, onde foi autuado e preso, confessando o crime às autoridades.
Autoridades investigam homofobia
Segundo a polícia que investiga o assassinato, o autor confessou ter golpeado Júnior na cabeça por estar sendo "assediado" constantemente pela vítima, tentanto ter relações sexuais com ele, o que é contestado pelos familiares do jovem que afirmam que esse não era o perfil de comportamento dele.
João foi encaminhado para a carceragem da PCDF, onde permanecerá preso, aguardando audiência de custódia. O criminoso vai responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Vítima era sorridente e gentil
Amigos e familiares de Júnior de Souza contam que o jovem era esforçado, trabalhador, gentil e “só conversava sorrindo”. Já o suspeito era conhecido como um homem recluso, que não tinha contato com ninguém.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com