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Após 28 anos, homem ‘volta a viver’ depois de provar na Justiça não estar morto

Uma falsa certidão de óbito fez o aposentado precisar provar que não tinha morrido

Maiza Santos / Especial para O Liberal

Um aposentado chamado Manoel Marciano da Silva, de 71 anos, foi protagonista de uma história inusitada, que ocorreu no estado do Tocantins. Ele ‘ressuscitou’ após passar cerca de 28 anos legalmente morto. Conforme as autoridades, em 1995, duas testemunhas conseguiram registrar uma certidão de óbito declarando que o homem tinha falecido.

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Após a situação ser esclarecida, a polícia civil investiga quem são os responsáveis pela falsa declaração de morte de Manoel. O homem relata que soube da situação em 2012, quando compareceu às eleições e foi informado que havia sido excluído da lista de eleitores devido estar morto.

“Eu fui votar lá onde eu moro. Aí eu dei meu título. Eles caçaram meu nome na folha lá. Aí eles (disseram) ‘não, seu Manoel. O senhor não vota não’. Eu digo, por quê? ‘Seu nome não tá mais aqui não’. A moça parou e falou: ‘esse homem aqui tá com quatro anos de falecido’”, relatou o aposentado. Apesar da revelação, ele não se preocupou e continuou a vida normalmente. No entanto, a morte legal só veio atrapalhá-lo recentemente, quando deixou de receber a aposentadoria e foi impedido de se consultar no SUS. Assim, Manoel teve que acionar a Justiça para provar que não tinha morrido e recuperar seus direitos.

Investigação

A ex-mulher de Manoel, de quem ele havia se separou pouco antes da época em que a falsa certidão de óbito foi feita, é uma das investigadas pela fraude. Os filhos do casal acreditam que a mãe tenha sido induzida a erro por outras pessoas, uma vez que é analfabeta. Vítima em toda essa situação, Manoel disse que não guarda mágoas da ex-companheira. As investigações sobre o caso irão continuar.

 

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