Aos 73 anos, 'Vovó do Uber' faz sucesso como motorista de aplicativo
A idosa já garante à categoria de diamante com as suas mais de 14 mil corridas realizadas
Maria Albina Oliveira, também conhecida como 'vovó do Uber', de 73 anos, vem fazendo sucesso na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Isso porque há três anos, por oito horas por dia, ela realiza corridas no seu Mobi preto, apelidado carinhosamente de "meu neguinho", em um aplicativo de locomoção. As informações são do Tilt.
Portuguesa, Maria foi morar em Santos ainda menina e já passou por várias profissões, incluindo costureira e corretora de imóveis. Segundo ela, o trabalho é o que dá motivação para continuar viva. "Eu não trabalho porque sou obrigada. Tenho uma aposentadoria privada e alguma renda obtida com locação de pequenos imóveis. Para mim, é como uma terapia. Conheço pessoas novas, lugares diferentes. E também aprendi a trabalhar muito o meu preconceito. Tem gente que não sabe, mas muitas pessoas que moram em bairros afastados ou favelas são até melhores do que nós, que somos mais privilegiados. Eles têm mais dignidade que muita gente com dinheiro", conta.
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Na sua rotina de trabalho, ela começa cedo, às 7h, indo até às 10h30. Mais tarde, ela volta a pegar o carro e dirige de 16h às 20h. Sua carteira de motorista foi tirada em 1968, quando tinha apenas 20 anos, mas essa é a primeira vez que ela dirige profissionalmente. Adoradora de aventuras, Maria Albina já andou de helicóptero, iate, veleiro e viajou de moto para o Paraguai quando era motoqueira. "Eu já fui motoqueira também. Eu tinha uma Honda 900, com ela fui com meu namorado até o Paraguai e voltamos. A gente revezava na direção. O que eu mais gostava era de andar de moto na chuva forte. Eu abria os braços, era uma delícia, uma sensação de liberdade indescritível. Eu gosto de aventura, apesar de hoje estar mais quietinha", diz ela.
A ideia de ser motorista foi vista como piada pelos seus filhos, que acham que a mãe desistiria da profissão logo na primeira semana, tudo isso porque ela não é uma pessoa ligada em tecnologia. "As primeiras semanas foram muito difíceis para mim. Eu mal sabia mexer no WhatsApp. Também não imaginava como era complicado mexer no GPS". Ela conta que o GPS já a colocou em diversas furadas, mas que nunca foi assaltada ou ameaçada durante o trabalho. "Parece que até mesmo os bandidos respeitam demais a gente”.
A idosa aprecia conhecer pessoas durante a viagem e já garante à categoria de diamante com as suas mais de 14 mil corridas realizadas.
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