Advogada desaparecida estaria envolvida no próprio sequestro, diz polícia
Possível amante estaria envolvido no falso sequestro. Valor milionário para o resgate foi pago aos criminosos, mas advogada segue sumida.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro suspeita que Anic Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, advogada desaparecida em Petrópolis, possa ter, inicialmente, colaborado com o plano de forjar seu próprio sequestro, em associação com Lourival Correa Netto Fatiga, que está preso e é apontado como seu amante.
Uma câmera de segurança do estacionamento do shopping onde a advogada foi vista pela última vez mostra ela escondendo um celular embaixo do banco do carro. O aparelho estava com um chip registrado em nome de Lourival, utilizado para manter contato com ele, como informado pela rádio CBN.
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O telefone foi descoberto pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, que também é patrão de Lourival. De acordo com a Polícia Civil, o amante da advogada estava com o chip pessoal desligado, e utilizava um registrado no nome do marido dela.
Rastreado, o telefone seguiu o mesmo percurso do carro de Lourival até ele encontrar a advogada no estacionamento. A mesma linha telefônica foi usada para anunciar o sequestro de Anic.
A partir das imagens, as autoridades concluíram, então, que Lourival fez uma parada para que a amante entrasse em seu veículo. Em depoimento à polícia, Lourival não mencionou este encontro, nem comunicou ao marido da advogada, o que levantou suspeitas entre os investigadores.
Sumiço
Anic está desaparecida desde o último dia 29 de fevereiro. A família pagou um resgate de R$ 4,6 milhões exigido pelos supostos sequestradores, mas a advogada ainda continua desaparecida.
Além de Lourival, também conhecido como Gordo ou Fatica, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) suspeita que os dois filhos dele, além de outra amante, possam ter sido cúmplices no desaparecimento da advogada, resultando na abertura de um novo inquérito na 105ª DP de Petrópolis para localizar Anic.
(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)