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Adolescentes estão deixando de usar camisinha nas relações sexuais, aponta o IBGE

O levantamento foi realizado em 2019 e mostra queda nos percentuais comparados a 2009

Carolina Mota

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o uso da camisinha nas relações sexuais entre adolescentes tem diminuído consideravelmente nos últimos dez anos.

De acordo com os dados divulgados na última quarta-feira (13), apenas 59% dos jovens dos adolescentes entrevistados na edição de 2019 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) disseram ter usado o preservativo na última relação sexual. Em 2009, o percentual era de 72,5%. As informações são do G1.

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Entre meninas, o percentual foi de 69,1% para 53,5%; entre os meninos, de 74,1% para 62,8%. A pesquisa comparou as respostas de alunos da antiga 8ª série (conhecido, agora, como o 9º ano do ensino fundamental) de escolas públicas e privadas de capitais do país.

Os casos de adolescentes que afirmaram já ter tido relações sexuais foi de 27,9% em 2009 para 28,5% em 2019. Em comparação, o percentual caiu para meninos (de 40,2% para 34,6%) e subiu para meninas (de 16,9% para 22,6%).

Entre as capitais, o índice mais alto foi em Manaus, com 45%, e mais baixo em Curitiba, com 16%.

Na pesquisa de 2019, 51,5% dos alunos do 9º ano tiveram a primeira relação sexual com 13 anos ou menos.

O levantamento PeNSE já teve quatro edições: 2009, 2012, 2015 e 2019.

Insatisfação com o corpo e agressão física

O número de estudantes insatisfeitos com o próprio corpo também cresceu. Os que se julgavam gordos ou muito gordos foi de 17,5% para 23%, já os que se consideravam magros ou muito magros foi de 22% para 29%.

Houve também um aumento entre os jovens que sofreram agressões físicas por um adulto da família. De 9,4% em 2009 para 11,6% em 2012 e 16% em 2015.

Uso de drogas e bebidas alcoólicas

A pesquisa apontou também que mais adolescentes passaram a experimentar álcool e drogas, e menos consuimiram cigarros.

O consumo de bebida alcoólica cresceu 53% em 2012 para 63% em 2019. O aumento foi mais expressivo entre as meninas, que foram de 55% em 2012 para 67% em 2019. Para os meninos, de 50% em 2012 para quase 59% em 2019.

Já para as drogas, a experimentação ou exposição ao uso subiu de 8% em 2009 para 12% em 2019.

(Carolina Mota, estagiária sob supervisão da coordenadora do núcleo de política, Keila Ferreira)

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