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Ataque a tiros: Adolescente de 16 anos que matou três pessoas é filho de policial militar

Ele usou as armas e o carro do pai

O Liberal

O adolescente de 16 anos que matou hoje a tiros três pessoas — duas professoras e uma aluna de 12 anos — e feriu outras 11 em duas escolas de Aracruz (ES), segundo a polícia, é filho de um policial militar. Ele foi apreendido na casa da família. As informações são do site UOL Notícias.

Imagens feitas por câmeras de segurança registraram o ataque na cidade do litoral norte capixaba, a 81 quilômetros de Vitória, capital do Espírito Santo. Filho de um policial militar, o adolescente vestia um macacão e um chapéu camuflados, uma máscara com sorriso de caveira e um cinto preto em volta da cintura, aparentemente preparado para guardar munições.


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Segundo a polícia, ele planejou o crime por dois anos. O site UOL Notícias informa que agentes das forças de segurança confirmaram que o jovem de 16 anos usou duas armas do pai, um tenente da Polícia Militar. Uma delas era uma pistola da corporação. A outra, um revólver particular.

O veículo usado no crime, um Renault Duster com as placas cobertas, também pertence ao pai do atirador. Na escola municipal que registrou o primeiro ataque, duas mortes foram confirmadas: a da professora de matemática Cybelle Passos Bezerra Lara, 45, e a da docente da área das artes Maria da Penha Pereira de Melo Banhos, 48.

A polícia também informou que diretores e professores já vinham sofrendo ameaças na unidade de ensino. Não há informações que confirmem que elas tenham partido do adolescente, um ex-aluno da escola — a mãe dele foi professora na escola atacada e atualmente está aposentada.

Relação com ideais nazistas

Após percorrer 1,6 km de carro, o atirador assassinou uma estudante de 12 anos num colégio particular. O pai do atirador compartilhou nas redes sociais dele, uma imagem do livro "Minha Luta" (ou "Mein Kampf, em alemão), escrito em 1923 por Adolf Hitler, no qual o ditador descreve pela primeira vez seus ideais antissemitas.

A venda e a circulação da obra são proibida sem algumas cidades do país, como ocorre no Rio de Janeiro. Fazer apologia ao nazismo é crime, conforme a lei nº 9.459/97. A pena prevista é de 2 a 5 anos de reclusão, além de multa. Ler a obra não configura crime.

O suspeito de ser o autor dos disparos, que conseguiu fugir após o segundo ataque, foi apreendido pela polícia no início da tarde desta sexta-feira (25).

Os tiros que ele disparou foram ouvidos por vizinhos dos colégios. De acordo com o capitão da PM Sérgio Alexandre, o atirador estava munido de uma pistola e carregadores quando invadiu a primeira unidade de ensino. Ele teria ido diretamente à sala dos professores, onde teria ameaçado profissionais no local e deu início aos disparos.

Lula se manifesta após ocorrido

No Twitter, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva disse ter tomado conhecimento do caso "com tristeza". "Minha solidariedade aos familiares das vítimas dessa tragédia absurda", escreveu, e prestou apoio ao governador Renato Casagra.

Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) classificou a ação de "covarde" e decretou luto oficial de três dias.

Brasil