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Acusados de matar Marielle viram réus por danos morais e têm bens bloqueados

Segundo juiz, há razões suficientes para garantir o prosseguimento da ação de indenização por danos morais e materiais

Agência Estado

O sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) em 2018, se tornaram réus na esfera cível e vão responder a processo de indenização movido pela viúva da parlamentar, a vereadora Mônica Benício (PSOL). A Justiça também decretou o bloqueio de todos os bens móveis e imóveis da dupla.

Segundo o juiz Marcos Antônio Ribeiro de Moura Brito, da 29ª Vara Cível do Rio de Janeiro, há razões suficientes para garantir o prosseguimento da ação de indenização por danos morais e materiais. O magistrado relembra que o Tribunal de Justiça fluminense já determinou que Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz deverão responder pelo assassinato de Marielle em um tribunal do júri.

"A pronúncia, como se sabe, significa que o Juiz Presidente do Tribunal do Júri considerou admissíveis as acusações em face dos réus, e, se o fez, é porque vislumbrou indícios de materialidade e autoria com relação ao crime a eles imputados", apontou.

A decisão também congelou até R$ 1 milhão nas contas de Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz e determina o bloqueio de todos os bens móveis e imóveis em nome da dupla até o final do processo. A defesa dos ex-policiais foram intimadas a se manifestar no caso.

Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos por tiros de uma submetralhadora HKMP5 disparados de dentro de um carro Cobalt de cor prata que os seguia na noite de 14 de março de 2018. Ronnie Lessa é apontado como o autor dos disparos e estaria no banco de trás do carro. Élcio de Queiroz seria o motorista do veículo. O crime completou três anos no último domingo, 14.

Na esfera criminal, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz respondem pelo duplo homicídio de Marielle e Anderson e pela tentativa de assassinato contra uma ex-assessora que estava no carro no momento do ataque, mas escapou com vida. Os dois ex-policiais estão presos preventivamente desde março de 2019 em Porto Velho, Rondônia, e responderão pelos crimes em tribunal do júri.

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