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Acusado de agressão, ameaça e sequestro, Valdir do MST ocupa cargo de coordenador em Ministério

Ele foi indicado em junho pelo presidente Lula para a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Goiás

O Liberal

Acusado de "violência extrema", incluindo agressões, ameaças e até sequestro enquanto era membro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), José Valdir Misnerovicz, conhecido como Valdir do MST, agora está à frente de ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário em Goiás. Indicado em junho deste ano pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele passou a ocupar o cargo de coordenador da pasta no território goiano.

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De acordo com apuração da revista Veja, em 2016, Valdir ficou preso por cinco meses, após ser acusado de agredir e torturar funcionários de uma fazenda em Santa Helena de Goiás. Trabalhadores da propriedade relataram que durante o ataque o petista ordenou que os donos abandonassem a fazenda, sob a ameaça de atear fogo na sede.

Um dos trabalhadores teria sido retirado a força de um trator e ameaçado com um facão. A vítima contou que invasores gritavam: “Nós vamos picar o Toninho”, referindo-se ao proprietário da fazenda. Há ainda o relato de um outro funcionário, que afirmou que integrantes do MST dispararam cinco tiros em direção a ele e depois o obrigaram a correr do local.

Anos antes, em 2001, um membro do Movimento que se recusou a invadir uma propriedade e denunciou o caso à Polícia Federal teve a casa derrubada. A esposa dele foi agredita e a filha, de apenas um ano, sequestrada. De acordo com a Veja, como pagamento do resgate de sua filha, o homem teve um dedo decepado. A família também foi obrigada a abandonar o acampamento onde morava.

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 Valdir do MST chegou a ser condenado a seis anos de prisão por organização e esbulho, no ano de 2018, mas conseguiu a anulação da primeira acusação e aguarda decisão da segunda. Procurado pela revista, o ex-líder do MST afirmou que “nessa época [2018], já estava sendo construída uma estratégia da direita para criar um ambiente para poder criminalizar a luta social. Fui uma das vítimas”.

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