Acidente na Tamarineira: motorista diz que passou a consumir álcool despois do uso drogas
João Victor é réu por dirigir bêbado, matar três pessoas e deixar outras duas feridas em um acidente de carro
Réu por dirigir bêbado, matar três pessoas e deixar outras duas feridas em um acidente de carro na Tamarineira, na Zona Norte do Recife (PE), João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 29 anos, interrogado pela juíza Fernanda Meira na manhã desta quinta-feira (17), no terceiro dia do julgamento que ocorre no Fórum Rodolfo Aureliano, na zona central da capital pernambucana. As informações são do portal Folha de Pernambuco.
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João Victor é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio na colisão ocorrida no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017.
Durante o depoimento, o réu recordou os momentos em que passou a usar álcool e drogas.
“O álcool entrou na minha vida quando eu tive meus problemas com drogas lá em Aracaju (SE), e minha mãe me mandou para o Recife para morar com o meu pai”, lembrou.
Segundo João Victor, o primeiro contato dele foi com cocaína e, só depois, ele passou a consumir bebida alcoólica. Quando passou a usar drogas, o réu disse que chegou a vender artigos de vestuário, como tênis, e itens da casa, para comprar cocaína.
“Eu não gostava de beber, só cheirava cocaína. Chegou um certo tempo que minha mãe não tinha mais controle em mim e falou com o meu pai”, disse.
O réu relatou, então, que o pai enviou uma passagem para ele vir morar no Recife e foi buscá-lo na rodoviária ao lado da avó paterna.
Relembre o caso
Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que na época tinha 25 anos, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.
A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.
O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram.
(Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.)
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