50 aranhas caranguejeiras são apreendidas em bagagem com brinquedos; aracnídeos vieram da Bélgica
O responsável pela bagagem, um brasileiro, não possuía a licença ambiental necessária para a importação dos animais e foi multado em R$ 12 mil
Uma carga foi apreendida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na última semana no Centro de Triagem Internacional dos Correios (Ceint), em São Paulo. Durante a operação, 50 aranhas da família Theraphosidae, popularmente conhecidas como caranguejeiras, foram encontradas escondidas em uma bagagem de um brasileiro que retornava de uma viagem à Bélgica.
As aranhas estavam disfarçadas entre roupas infantis, brinquedos, materiais escolares e itens alimentares, numa tentativa de camuflar o transporte ilegal. O responsável pela bagagem não possuía licença ambiental para a importação dos aracnídeos, o que levou à sua autuação e multa no valor de R$ 12 mil, conforme prevê a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) e o Decreto nº 6.514/2008.
Os aracnídeos foram encaminhados ao Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantã, em São Paulo, onde passarão por análises e, possivelmente, serão utilizados em projetos de pesquisa científica. Segundo o Ibama, esse tipo de apreensão faz parte do combate ao tráfico de animais silvestres.
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Tráfico de animais
Entre os principais animais traficados ilegalmente, estão invertebrados, ovos de aves e répteis, além de pequenos anfíbios e peixes. Produtos da fauna, como barbatanas de tubarão e bexigas natatórias de peixes, também são de grande interesse dos traficantes. A criação doméstica e a comercialização em criadouros clandestinos são as principais motivações para o transporte ilícito dessas espécies.
A legislação brasileira é rígida em relação ao tráfico de animais silvestres, proibindo a venda, exportação, aquisição, guarda em cativeiro ou transporte de qualquer espécie sem a devida autorização.
(*Estagiária Hannah Franco, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de OLiberal.com)
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