Zenaldo Coutinho admite necessidade de determinação de lockdown para Belém
Prefeito classifica como “impressionante” fato de as pessoas continuarem se aglomerando apesar de apelos de autoridades
Em live (entrevista coletiva realizada por redes sociais) na manhã desta segunda-feira (4), o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, lamentou que, apesar do elevado número de casos confirmados e de mortes pela covid-19, uma parcela da sociedade não está respeitando o isolamento social. “Muita gente adoecendo e morrendo. E o melhor remédio é ficar em casa”, afirmou o prefeito, admitindo que Belém deveria aderir ao lockdown (medida mais extrema de contenção da pandemia, com endurecimento das medidas de isolamento social determinado por autoridades).
Zenaldo Coutinho disse que ele, o governador Helder Barbalho e autoridades sanitárias têm repetidamente falado sobre a importância do isolamento social. Mas classificou como “impressionante” o fato de que, apesar de todos esses apelos, as pessoas continuarem se aglomerando.
“Estou muito angustiado de estar acompanhando as cenas”, disse o prefeito, classificando como “desrespeito e falta de consciência pública” a atitude dessa parcela da sociedade.
Capital é epicentro paraense
Em Belém, há 2.574 casos confirmados e 442 recuperados da doença, confirmou a Prefeitura Municipal de Belém esta manhã. Segundo o prefeito de Belém, 181 pessoas morreram com covid-19 confirmada na capital, enquanto outros 258 belenenses morreram com suspeitass da covid-19.
Frente a isso, o prefeito falou sobre a necessidade das autoridades serem mais rigorosas na adoção de medidas, citando o lockdown. “Vamos precisar adotar medidas mais severas para garantir o isolamento social”, afirmou.
“Estamos orientando e fiscalizando, mas isso não tá resolvendo. Uma boa parcela não tem consciência”, disse Zenaldo.
Baixas entre servidores
O prefeito de Belém lembrou que vários servidores do município, entre quais os titulares da Sesma, Funpapa e Guarda Municipal, já pegaram a covid-19. Diretores de unidades municipais, também.
Zenaldo disse que, pela obrigação funcional, esses servidores têm que se expor. “Mas, em contrapartida, não estamos tendo solidariedade de boa parcela da população”.
Ele disse que será editado decreto tornando essas medidas mais rigorosas, e que isso será feito em parceria com o governo do Estado e outras instituições.