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Warao que morreu de pneumonia e desnutrição é sepultado no Tapanã

Funpapa informou que prestou assistência à família da criança

João Thiago Dias

Foi sepultado nesta segunda-feira (25), por volta das 15h, no cemitério do Tapanã, em Belém, o menino venezuelano da etnia Warao, de três anos, que morreu na madrugada do último domingo (24). Ele estava internado no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, e foi transferido em estado grave para o Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, onde faleceu com quadro de pneumonia e grave desnutrição.

A morte foi confirmada pela Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), no domingo. A criança pertencia a um grupo que saiu do município de Pacaraima, no estado de Roraima, e chegou à capital paraense há três semanas. Esse grupo vivia em um galpão no distrito de Icoaraci, mas a família já tinha sido encaminhada para o abrigo da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), na avenida Perimetral.

A (Funpapa) informou que prestou assistência à família do venezuelano, por meio do serviço de proteção e calamidade pública e emergência, com auxílio funeral e acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos. 

ATENDIMENTO

A Sesma informou que desenvolve um cronograma semanal de atendimento em saúde aos índios venezuelanos, desde a chegada deles à capital. O acompanhamento é realizado pelas equipes do Consultório na Rua. 

"Todos os grupos que chegam ao município recebem vacinação contra sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, gripe e hepatite B. As crianças seguem calendário vacinal recomendado nas unidades de saúde e são acompanhadas pela equipe do Consultório na Rua. Também são tomadas todas as medidas de controle para impedir a disseminação da doença adotadas, inclusive com atendimentos técnicos, no caso de doenças, e encaminhamento à rede de saúde", informou em nota.

Atualmente, o Consultório de Rua vem monitorando cerca de 470 venezuelanos, que estão espalhados por principais nove pontos na cidade, sendo três deles os abrigos da Prefeitura Municipal de Belém e do Governo do Estado, e os demais em locais onde eles estão abrigados ou na rua. Em 2018, duas crianças da etnia Warao evoluíram a óbito em decorrência de sarampo.

DIREITOS

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) esclareceu que exerce a função de articuladora de políticas na garantia de direitos dos indígenas venezuelanos. "Atualmente, estão cadastrados no sistema de assistidos pela Secretaria 425 indígenas da etnia Warao, entre os quais 181 crianças e 42 adolescentes", informou a Sejudh em nota.  

Belém