Volta às aulas: expectativa de um bom semestre marca o retorno dos estudantes às escolas
Gestora destaca os esforços para tornar o ambiente escolar mais acolhedor. Saiba como fazer a adaptação dos pequenos à volta às aulas
Gestora destaca os esforços para tornar o ambiente escolar mais acolhedor. Saiba como fazer a adaptação dos pequenos à volta às aulas
As aulas recomeçaram em todo o Pará nesta quinta-feira (1º), levando cerca de 500 mil alunos para a sala de aula. Em Belém, na Escola Estadual de Ensino Fundamental General Gurjão, o retorno das atividades foi marcado por alunos saudosos da rotina escolar.
A pequena Brenda Sofia Naum, de seis anos, estuda o 1º ano do fundamental e, mesmo passando as férias na sua cidade natal, Oeiras do Pará, no Marajó, não via a hora de voltar para a escola:
"As minhas férias foram divertidas, mas eu já queria voltar para a escola. Eu gosto daqui, gosto de brincar, de estudar e a comida daqui é muito gostosa. Eu gosto das professoras, eu sei o nome de todas! A minha letra não é muito boa, mas eu já sei ler", conta.
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A diretora da escola, Jorgina Barros, comenta que, para este semestre, o foco continua sendo a recomposição da aprendizagem, um processo no qual todas as escolas vêm trabalhando desde a pandemia de covid-19, que afetou o mundo entre 2020 e 2023. Para ela, é importante o incentivo e o acolhimento.
"O aluno precisa ter uma infraestrutura boa para obter bons resultados. Além dos projetos desenvolvidos para o ensino-aprendizagem, nós enfatizamos o estímulo. A gente trabalha com o incentivo, porque o aluno precisa ser incentivado. A gente tem alunos que, termina o turno, não querem ir embora e a gente fica muito feliz, porque a escola passa a ser um lugar prazeroso e é esse o nosso objetivo. Não é só cobrar os resultados do processo de ensino-aprendizagem, mas dar ao nosso aluno o prazer em estar na escola", afirma.
Um dos grandes atrativos da escola para muitos estudantes é a merenda escolar e a expectativa para este semestre é um importante incremento no cardápio: o açaí, que deve ser implementado a partir de setembro. Luciana Moura, técnica de acompanhamento pedagógico da Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), diz que este sempre foi um desejo dos estudantes.
"Tanto no lanche da manhã, quanto no da tarde, uma das coisas mais pedidas por eles é o açaí. Nas escolas onde já têm, e eles já sabem o dia que o açaí é servido, os próprios alunos trazem complementos de casa: camarões, farinha da baguda... É um sucesso", comenta.
A nutricionista Thaís Veloso, de Belém, explica que o fim das férias escolares e retorno às aulas é sempre um momento de adaptações, principalmente com os horários de realizar as refeições. “Para garantir a boa alimentação da criançada na escola, o trabalho deve começar em casa. É essencial incluir na alimentação fontes de fibras, vitaminas e minerais na lancheira, como frutas, além de fontes de cálcio, como iogurte, podendo ser associado ao consumo de aveia ou semente de chia. Além disso, deve-se ingerir fontes de energia como tapioca, pão ou cuscuz, associados a fontes de proteína, como o queijo, por exemplo. É preciso dar autonomia às crianças. No momento de comprar seu lanche na lanchonete, é necessário muita informação sobre uma alimentação saudável, tanto na escola quanto em casa”, afirma a nutricionista.
A também nutricionista Fabiana Batista, de Belém, enfatiza que a rotina e a consistência são a chave para uma alimentação saudável. “Mantenha os horários das refeições o mais regular possível, mesmo nos fins de semana, para que a criança se acostume com a rotina e sinta-se mais segura. A volta às aulas é sempre um momento de adaptação, tanto para as crianças quanto para os pais, especialmente depois de um período de férias. Logo, superar esses desafios requer planejamento, paciência e envolvimento da família no processo”, diz Fabiana.