Vida e legado de Romulo Maiorana ganham documentário
“Romulo Maiorana: 100 anos de história” será lançado em 12 de novembro pela TV Liberal, GloboPlay e plataformas digitais de O Liberal
Lembrado por sua história e seu empreendedorismo no comércio e, sobretudo, na comunicação, nesta quinta-feira (20) é celebrado os 100 anos do nascimento de Romulo Elégio Dario Severo Maiorana Chiapetta, o “seu Romulo”. Em homenagem a esse idealizador e fundador do Grupo Liberal, um dos principais grupos de comunicação do Brasil, a TV Liberal lançará no próximo dia 12 de novembro, às 14h, logo depois do Jornal Hoje, o documentário “Romulo Maiorana: 100 anos de história”.
A direção é do jornalista, produtor e editor da TV Liberal Leo Nunes, que para concretizar o projeto fez um trabalho de fôlego, com buscas na internet, em acervos históricos, entrevistas e pesquisas com diferentes fontes de informação sobre Romulo Maiorana. Ele conta que o convite para a construção do documentário surgiu da vice-presidente do Grupo Liberal, Rosângela Maiorana. Nas primeiras conversas, constatou-se a necessidade de serem abordados aspectos sobre Romulo que muita gente não conhece, como fatos familiares e histórias marcantes, como a generosidade dele, que era frequente, mas sempre discreta. “Muitas pessoas falaram sobre o ponto generoso de ajudar os funcionários, os amigos, e aí esse programa vai trazer várias histórias contadas por familiares, por amigos, por funcionários”, revela.
Leo Nunes mergulhou na trajetória histórica de um dos personagens marcantes da história do Pará para viabilizar um documentário sobre Romulo Maiorana, que vai também ser conferido gratuitamente no GloboPlay, no G1 Pará e nas plataformas de OLiberal.com. Há cerca de um mês, a produção do documentário conseguiu ouvir várias pessoas – mais de 20 entrevistados. Em três blocos, o programa contará sobre as origens e a intimidade do “seu Romulo”. Também será apresentado o Romulo Maiorana empresário, empreendedor no jornal, na TV e na rádio. Atualmente, o Grupo Liberal conta com os jornais O Liberal e Jornal Amazônia, portal Oliberal.com, TV Liberal, Rádio Liberal e forte presença nas plataformas digitais e redes sociais. O documentário vai também mostrar a repercussão da partida de Romulo Maiorana, aos 63 anos, em 1986.
“Ele revolucionou o comércio de Belém. Foi ele que trouxe o tipo de vitrine. Em Belém, não existia vitrine até final dos anos 50. Ele introduziu a vitrine por meio das lojas RM no final dos anos 50 para o início dos anos 60 e hoje muita gente das novas gerações, tão acostumadas com shoppings, não conhece isso”, destaca Leo Nunes. O trabalho vai dar um enfoque especial ao legado de Romulo Maiorana à comunicação e ao Pará como um todo. O documentário deverá estar pronto na primeira semana de novembro, como resultado de um trabalho de Leo Nunes na direção; Moisés Nascimento na direção de fotografia e Elesson Rodrigues como auxiliar técnico.
O telespectador e público em geral vão poder, por meio do documentário, conhecer muitas histórias e coisas surpreendentes de Romulo, como importância dele para a propaganda paraense. “A gente vai conhecer histórias curiosas, até o fato que pouca gente sabe, mas a frase ‘o Círio é o Natal dos paraenses’ foi criada pelo ‘seu Romulo’. Ele falava isso na coluna dele ‘Repórter 70’. Então, ele acabou trazendo essa expressão e é como a gente conhece até hoje”, ressalta Leo.
Qualidade
Os diferentes relatos nas entrevistas mostram que Romulo Maiorana era sempre motivado a ter produção de qualidade, fossem nas lojas ou nos veículos de comunicação que dirigiu. Tanto que para a construção da TV Liberal, por exemplo, ele adquiriu os melhores equipamentos.
“Equipamentos que nem a TV Globo, na época, tinha, e ele já estava vendo qual ia comprar, qual ia importar, porque não tinha aqui, em Belém. Ele era uma pessoa preocupada com qualidade. O jornal dele tinha que ter a melhor rodagem, tanto é que ele trouxe o offset, um tipo de impressão para o jornal; trouxe qualidade para a TV, para o jornal, para a rádio. Então, ele acabou transformando os veículos de comunicação dele em instrumentos de qualidade, para passar isso para o telespectador, o ouvinte, o leitor”, salienta Leo Nunes.
Em pauta
Leo sente-se lisonjeado em participar desse projeto da TV Liberal, porque, como disse, ele é um jovem jornalista e, ao ser convidado para fazer o documentário, pensou até que não iria conseguir fazer, por se tratar de um trabalho de uma pessoa que ele não conheceu pessoalmente e que viveu há tempos em Belém, “que tem uma história gigantesca na comunicação, no comércio, para as pessoas, para a sociedade paraense”. “Então, era muita coisa, muita responsabilidade, mas ouvindo as pessoas e conhecendo a história dele, eu aprendi a admirá-lo. Tu percebes, além daquele patrão, daquele empresário, que tinha uma pessoa que era muito generosa. Então, tu começas a admirar a pessoa mesmo sem a conhecer”, frisa Leo Nunes.
Para o jornalista, Romulo Maiorana deixou um legado para a comunicação como algo que merece ser lembrado. “Ele conseguiu transformar e valorizar a comunicação no Estado. Ele conseguiu imprimir a própria marca dele na comunicação. A TV Liberal, o jornal O Liberal acabaram se tornando grandes veículos, referência em todo o Brasil. A TV Liberal, como afiliada da TV Globo, o jornal O Liberal com uma tiragem grande e o pioneirismo com relação à impressão, então, ele conseguiu imprimir qualidade no meio no qual ele viveu”, observa Leo Nunes.