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Vacinação nas escolas de Belém: veja como garantir a imunização de seus filhos pela rede municipal

Desde que o Ministério da Saúde determinou, a intensificação das ações para aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes em todo o país

Gabriel Pires

A campanha de vacinação nas escolas, em Belém, teve um lançamento simbólico nesta segunda-feira (13), às 9h, na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Venuzina Marinho de Souza, no bairro da Cremação. Pela manhã, a movimentação foi grande de pais e responsáveis que buscaram a imunização das crianças, visando reforçar a prevenção desse público. Até às 10h, mais de 10 crianças já tinham recebido a dose dos imunizantes ofertados.

Quais vacinas estão disponíveis?

No local, estão disponíveis as vacinas pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e poliomielite), tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), febre amarela, meningo C (contra a meningite) e poliomielite inativada e oral para crianças de até 4 anos. E ainda, as vacinas contra o HPV - para adolescentes de 9 a 17 anos (dose única) - e contra a meningite ACWY - para adolescentes de 9 a 14 anos.

Como garantir a imunização dos filhos?

Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Venuzina Marinho de Souza segue vacinando das 9h às 12h. Não há um cronograma fixo de dias da ação no local. Isso porque a disponibilidade da vacina depende da demanda de cada escola. Pais de estudantes das escolas municipais da capital podem procurar esse ponto para garantir a imunização das crianças. 

Para vacinar, basta apresentar a carteirinha de vacinação das crianças. Para levar informação e orientação aos pais e responsáveis das crianças, uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realiza palestras voltadas aos pais para detalhar como será a ação. A própria equipe da Sesma confere a caderneta de vacinação e explica quais imunizantes as crianças devem receber.

Além disso, a imunização de crianças, independentemente de qual escola estudam, também é realizada nos postos de saúde. Os pais das crianças podem procurar as unidades de saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h

Vacinação começou seguindo a campanha nacional

Desde que o Ministério da Saúde determinou, em março passado, a intensificação das ações para aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes em todo o país, a equipe do Programa Municipal de Imunizações de Belém começou o trabalho de mobilização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégias Saúde da Família (ESF) em cada território para fazer o agendamento das ações de vacinação nas escolas.

A ação de vacinação nas escolas de Belém começou dia 2 de abril, quando foi iniciado o atendimento com os imunizantes do calendário para crianças e adolescentes. São 92 escolas pactuadas com a Sesma e aptas para receber a ação. Até o momento, 30 já receberam. Portanto, 62 escolas da capital e da região das ilhas ainda receberão a iniciativa. Por outro lado, a Sesma não detalhou o cronograma de ações das demais escolas que receberão a campanha.

Meta

Um dos focos da campanha, em relação aos adolescentes, a meta é vacinar 52.053 meninos e 43.574 meninas entre 9 e 17 anos de idade contra o HPV e contra a meningite da cepa ACWY, em Belém. Além de aumentar a cobertura vacinal entre os adolescentes, a campanha visa também promover a atualização do calendário vacinal infantil.

Portanto, meta é alcançar 90% das crianças menores de um ano com aplicação da BCG e da vacina contra a Hepatite B (em crianças com até 30 dias de vida). Ainda para a faixa etária menor de um ano, a meta em relação às demais vacinas do calendário é chegar a 95%, mesmo percentual definido para a atualização da caderneta de vacinas de crianças a partir de 1 ano.

Ampliação da cobertura vacinal

Coordenadora do Programa Municipal de Imunizações da Sesma, Nazaré Athayde, explica que a campanha busca ampliar a cobertura vacinal do público atingido. “A escola é um local ideal para a promoção da saúde. E, dentro da promoção da saúde, nós estamos com a vacinação. Já atendemos a 30 escolas. Em relação à nossa meta, nós queremos vacinar, por exemplo, com a vacina HPV, aliás 80% do público-alvo dos meninos e das meninas. São 52.000 meninas e 48.000 meninas na meta do município de Belém”, afirma.

Nazaré aponta, ainda, que a ação nas escolas tem o objetivo, também, de combater um déficit de vacinação percebido nos postos de saúde. “Podemos ter aqui crianças que deixam de ir às unidades de saúde. Às vezes, até vão nas unidades, mas, geralmente, a mãe não tem tempo por algum motivo. E nas escolas, não. Elas vêm, assistem à palestra e autorizam a vacinação da criança dela”, destaca a coordenadora, ao frisar a acessibilidade da campanha nas escolas. 

“Temos um término da campanha para o dia 2 de junho. Mas nós vamos continuar vacinando. Se chegar essa data e a gente não conseguir atingir todas as escolas, nós vamos continuar vacinando até o encerramento do período escolar. A região das ilhas também serão atendidas, tanto Mosqueiro e Outeiro quanto a ilha do Combu”, acrescenta Nazaré. 

Pais e responsáveis garantem a imunização das crianças

Quem reservou um tempo para imunizar o filho foi o analista de departamento pessoal Diego Carvalho, 38 anos, pai do pequeno Luca Carvalho, de 4 anos, que se imunizou contra a poliomielite. “Além desse cuidado da proteção com as crianças, facilita para a gente também trazer eles aqui para atualizar a caderneta. Até porque, durante a semana, a gente que trabalha não tem muito tempo para ir a um posto [de saúde]. Eu volto para o trabalho e ele volta para as atividades [da escola]”, relata o pai do menino, que estuda na EMEI Venuzina Marinho. 

A doméstica Maria Madalena Cancio, de 62 anos, avó da Bárbara Stefany, de 4 anos - também estudante da escola municipal -, aproveitou a ação para garantir a imunização da neta dela, imunizada contra a pneumonia. Para ela, essa forma da população ter acesso às vacinas é muito importante. “Fui ao posto e  falaram que ela não podia mais tomar a vacina porque já tinha passado do prazo. Chegando aqui, a moça disse que poderia tomar, sim. É melhor para ela, porque pelo menos fica mais segura dessas doenças que têm dado, da gripe, essas coisas tudo”, frisa.

Belém