Vacinação nas escolas de Belém: veja como garantir a imunização de seus filhos pela rede municipal
Desde que o Ministério da Saúde determinou, a intensificação das ações para aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes em todo o país
A campanha de vacinação nas escolas, em Belém, teve um lançamento simbólico nesta segunda-feira (13), às 9h, na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Venuzina Marinho de Souza, no bairro da Cremação. Pela manhã, a movimentação foi grande de pais e responsáveis que buscaram a imunização das crianças, visando reforçar a prevenção desse público. Até às 10h, mais de 10 crianças já tinham recebido a dose dos imunizantes ofertados.
Quais vacinas estão disponíveis?
No local, estão disponíveis as vacinas pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e poliomielite), tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), febre amarela, meningo C (contra a meningite) e poliomielite inativada e oral para crianças de até 4 anos. E ainda, as vacinas contra o HPV - para adolescentes de 9 a 17 anos (dose única) - e contra a meningite ACWY - para adolescentes de 9 a 14 anos.
Como garantir a imunização dos filhos?
A Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Venuzina Marinho de Souza segue vacinando das 9h às 12h. Não há um cronograma fixo de dias da ação no local. Isso porque a disponibilidade da vacina depende da demanda de cada escola. Pais de estudantes das escolas municipais da capital podem procurar esse ponto para garantir a imunização das crianças.
Para vacinar, basta apresentar a carteirinha de vacinação das crianças. Para levar informação e orientação aos pais e responsáveis das crianças, uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realiza palestras voltadas aos pais para detalhar como será a ação. A própria equipe da Sesma confere a caderneta de vacinação e explica quais imunizantes as crianças devem receber.
Além disso, a imunização de crianças, independentemente de qual escola estudam, também é realizada nos postos de saúde. Os pais das crianças podem procurar as unidades de saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h
Vacinação começou seguindo a campanha nacional
Desde que o Ministério da Saúde determinou, em março passado, a intensificação das ações para aumentar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes em todo o país, a equipe do Programa Municipal de Imunizações de Belém começou o trabalho de mobilização das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégias Saúde da Família (ESF) em cada território para fazer o agendamento das ações de vacinação nas escolas.
A ação de vacinação nas escolas de Belém começou dia 2 de abril, quando foi iniciado o atendimento com os imunizantes do calendário para crianças e adolescentes. São 92 escolas pactuadas com a Sesma e aptas para receber a ação. Até o momento, 30 já receberam. Portanto, 62 escolas da capital e da região das ilhas ainda receberão a iniciativa. Por outro lado, a Sesma não detalhou o cronograma de ações das demais escolas que receberão a campanha.
Meta
Um dos focos da campanha, em relação aos adolescentes, a meta é vacinar 52.053 meninos e 43.574 meninas entre 9 e 17 anos de idade contra o HPV e contra a meningite da cepa ACWY, em Belém. Além de aumentar a cobertura vacinal entre os adolescentes, a campanha visa também promover a atualização do calendário vacinal infantil.
Portanto, meta é alcançar 90% das crianças menores de um ano com aplicação da BCG e da vacina contra a Hepatite B (em crianças com até 30 dias de vida). Ainda para a faixa etária menor de um ano, a meta em relação às demais vacinas do calendário é chegar a 95%, mesmo percentual definido para a atualização da caderneta de vacinas de crianças a partir de 1 ano.
Ampliação da cobertura vacinal
Coordenadora do Programa Municipal de Imunizações da Sesma, Nazaré Athayde, explica que a campanha busca ampliar a cobertura vacinal do público atingido. “A escola é um local ideal para a promoção da saúde. E, dentro da promoção da saúde, nós estamos com a vacinação. Já atendemos a 30 escolas. Em relação à nossa meta, nós queremos vacinar, por exemplo, com a vacina HPV, aliás 80% do público-alvo dos meninos e das meninas. São 52.000 meninas e 48.000 meninas na meta do município de Belém”, afirma.
Nazaré aponta, ainda, que a ação nas escolas tem o objetivo, também, de combater um déficit de vacinação percebido nos postos de saúde. “Podemos ter aqui crianças que deixam de ir às unidades de saúde. Às vezes, até vão nas unidades, mas, geralmente, a mãe não tem tempo por algum motivo. E nas escolas, não. Elas vêm, assistem à palestra e autorizam a vacinação da criança dela”, destaca a coordenadora, ao frisar a acessibilidade da campanha nas escolas.
“Temos um término da campanha para o dia 2 de junho. Mas nós vamos continuar vacinando. Se chegar essa data e a gente não conseguir atingir todas as escolas, nós vamos continuar vacinando até o encerramento do período escolar. A região das ilhas também serão atendidas, tanto Mosqueiro e Outeiro quanto a ilha do Combu”, acrescenta Nazaré.
Pais e responsáveis garantem a imunização das crianças
Quem reservou um tempo para imunizar o filho foi o analista de departamento pessoal Diego Carvalho, 38 anos, pai do pequeno Luca Carvalho, de 4 anos, que se imunizou contra a poliomielite. “Além desse cuidado da proteção com as crianças, facilita para a gente também trazer eles aqui para atualizar a caderneta. Até porque, durante a semana, a gente que trabalha não tem muito tempo para ir a um posto [de saúde]. Eu volto para o trabalho e ele volta para as atividades [da escola]”, relata o pai do menino, que estuda na EMEI Venuzina Marinho.
A doméstica Maria Madalena Cancio, de 62 anos, avó da Bárbara Stefany, de 4 anos - também estudante da escola municipal -, aproveitou a ação para garantir a imunização da neta dela, imunizada contra a pneumonia. Para ela, essa forma da população ter acesso às vacinas é muito importante. “Fui ao posto e falaram que ela não podia mais tomar a vacina porque já tinha passado do prazo. Chegando aqui, a moça disse que poderia tomar, sim. É melhor para ela, porque pelo menos fica mais segura dessas doenças que têm dado, da gripe, essas coisas tudo”, frisa.
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