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Uso de celular em sala de aula deve ser feito de forma equilibrada, avaliam educadores

Pesquisa nacional aponta que seis em cada 10 escolas brasileiras têm regras para uso do celular pelos alunos

Gabriel Pires
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O uso de celulares em sala de aula é proibido em 28% das escolas brasileiras, conforme a pesquisa TIC Educação 2023, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Em Belém, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) já implementa essa proibição nas escolas municipais. Educadores, contudo, defendem que é necessário um uso equilibrado dos aparelhos.

"O município acompanha a Lei Estadual N° 7.269, de 6 de maio de 2009. Tal legislação proíbe o uso de telefone celular, MP3, MP4, PALM e aparelhos eletrônicos congêneres, nas salas de aula", diz a nota da Semec. Já no Pará, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) informou que não estabelece, de forma obrigatória, nenhuma proibição de utilização de celular nas escolas da rede pública estadual.

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Orientação para uso consciente

O professor Geldes Campos, coordenador do Centro Educacional de Inovação Tecnológica e Computacional (Cetec) da Semec, argumenta que, embora proibir o uso de celulares possa parecer mais fácil, orientar os estudantes sobre o uso adequado é a solução ideal. "Orientar o uso é sempre o caminho mais árduo, mais trabalhoso. Mas esse é o papel do educador", afirma.

"As escolas da rede municipal são livres para orientar o uso em sala de aula, ou fora dela, nos ambientes escolares. No mais, a Secretaria Municipal de Educação, por meio do Centro Educacional de Inovação Tecnológica e Computacional, possui um trabalho de formação permanente de professores que discute e orienta o uso de equipamentos. Acreditamos que um professor bem formado pode apontar alternativas", destaca.

De acordo com Geldes, quando "se proíbe o uso em sala de aula ou nos ambientes da escola, o estudante ao sair desse ambiente vai fazer uso, e o que é pior, um uso sem orientação, ou sem terem passado por um processo de reflexão e de educação". "Por outro lado, se o professor está ministrando uma aula sobre o corpo humano, ou outro tema, e pede aos estudantes que acessem determinado site que ilustra bem o conteúdo abordado, obviamente que isso vai ajudar na aprendizagem", evidencia o professor.

Ele reforça, ainda, a importância desse aliado tecnológico no dia a dia. "Mostrar ao estudante que existe algo além de navegar em sites aleatórios, ou perniciosos, promover uma educação midiática que leve o estudante a entender a diferença entre fato e opinião, claramente vai ajudar", afirma Geldes.

“Na Rede Municipal, temos o Programa Ver-a-Tech. Uma das ações desse Programa é o uso do smartphone combinado com um óculos de realidade virtual como auxílio da aprendizagem, para estudar determinados conteúdos e para fazer o debate sobre as tecnologias e a imersão desses estudantes nesse mundo tecnológico. Esse é um benefício e uso equilibrado das tecnologias”, adiciona Campos.

Equilíbrio é fundamental

A professora de redação Treicy Castro reforça que o celular pode ser uma ferramenta de aprendizagem benéfica se utilizado adequadamente. No entanto, ela destaca a dificuldade de equilibrar o uso dos aparelhos nas escolas. "Esse é um tema bem polêmico. O celular ele infelizmente está sendo um problema em muitas escolas, pois os alunos acabam ficando presos às telas e completamente disperso das aulas", avalia a professora.

"Sem dúvidas, o uso excessivo de celular na sala de aula atrapalha o desempenho dos alunos. A maioria das escolas em que trabalho, o uso é proibido, porém, mesmo assim, enfrentamos uma grande luta para conseguir que os alunos não usem o telefone nas aulas. Porém, eu acredito que a total proibição não é o melhor caminho, precisamos encontrar um equilíbrio neste processo", completa Treicy.

A professora também pontua que o celular "também pode ser uma incrível ferramenta pedagógica, pois temos acesso a uma diversidade de aplicativos e de informações que podem acrescentar muito nas aulas". "Eu adoro utilizar, inclusive, ao final das aulas, alguns jogos de perguntas e respostas, inserindo assuntos da disciplina, os alunos adoram e, deste modo, consigo perceber se eles, de fato, compreenderam o assunto ministrado", reforça.

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