UFPA oferta bolsa de R$ 1 mil para estudantes pretos, pardos e indígenas

O Programa Potências concedeu 128 bolsas a alunos que ingressaram na UFPA por meio da Lei de Cotas ou de Processos Seletivos Especiais

O Liberal
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Mais de 120 estudante pretos, pardos e indígenas que ingressaram na Universidade Federal do Pará (UFPA) por meio da Lei de Cotas ou de Processos Seletivos Especiais ganharam uma bolsa de incentivo para os estudos no valor de R$ 1.008,54 por mês. Uma iniciativa do Itaú Unibanco, em colaboração com UFPA e com a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), por meio do Programa Potências na UFPA.

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Criado pelo banco para apoiar estudantes cotistas ou ingressantes de processos seletivos especiais em sua jornada de graduação, o Programa Potências concedeu 128 bolsas a alunos que ingressaram na universidade por meio da Lei de Cotas ou de Processos Seletivos Especiais da UFPA e que estão em conformidade com critérios socioeconômicos estabelecidos pelo Potências.

Com o objetivo de reduzir a evasão escolar e apoiar o bom desempenho acadêmico, o Programa ofertará essa bolsa financeira durante todo o período regular de graduação dos bolsistas. 

Acesso a bolsa

Na primeira etapa, considerando que o número de estudantes admitidos pelos critérios excede o número de bolsas disponíveis, a seleção dos beneficiários foi feita por meio de um sorteio conduzido pela própria Universidade, no qual foi feito um levantamento que identificou quais cursos possuem o maior número de alunos cotistasdos campi de Belém, Abaetetuba, Bragança e Castanhal. Os bolsistas selecionados passarão a receber o apoio financeiro no mês junho. 

Além de dar apoio financeiro, o Itaú irá estabelecer núcleos de acompanhamento acadêmico ao longo da jornada de graduação dos bolsistas em colaboração com a Universidade Federal do Pará, observando indicadores como frequência, desempenho acadêmico, situação socioeconômica e evasão e impulsionando a elaboração de estudos acadêmicos a respeito da população de cotistas na instituição. O objetivo é fomentar a produção de dados que apoiem o debate acerca da construção de políticas públicas para a promoção da equidade racial na educação.

Educação é pilar para uma sociedade igualitária

Luciana Nicola, diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, ressalta que a educação é um dos pilares fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

“Por meio desta iniciativa, estamos proporcionando oportunidades mais equitativas de acesso à educação superior para pessoas que historicamente enfrentam desafios socioeconômicos e estruturais que dificultam sua permanência e conclusão dos estudos. Além disso, incentivamos outras empresas a se juntarem a nós nesta iniciativa.”, comenta a executiva.

Dados do IBGE

Segundo dados do suplemento Educação da PNAD Contínua 2023, do IBGE, divulgado em janeiro deste ano, apenas 30,5% dos jovens de 18 a 24 anos têm acesso à educação no Brasil, com uma taxa de frequência escolar no ensino superior de 25,9%, enquanto 65,2% destes jovens não frequentaram ou não concluíram o ensino superior.

A análise por cor/raça indica que, em 2023, a taxa de frequência escolar líquida é mais elevada para brancos (36%) que a dos pretos ou pardos (19,3%). Esse resultado mostra que, no Brasil, a Meta 12 do PNE (taxa de frequência escolar líquida no ensino superior de 33% para pessoas de 18 a 24 anos) foi atingida para os brancos, mas não para os pretos ou pardos, ressaltando uma disparidade marcante.

A proporção daqueles que não tiveram a oportunidade de frequentar ou concluir o ensino superior é ainda mais preocupante para os jovens negros, alcançando 70,6%, em contraste com 57% dos jovens brancos. O principal motivo alegado para não estudar é a necessidade de trabalhar. O diploma de graduação foi obtido por 6,5% dos brancos com 18 a 24 anos e por 2,9% dos pretos ou pardos. 

Parceria

Diante da desigualdade racial nas condições de acesso e permanência de pessoas negras no ensino superior, a parceria entre UFPA e Itaú Unibanco soma-se às políticas de ações afirmativas já em curso na Universidade e que visam uma inclusão no ensino superior mais eficaz.

“Pensar a inclusão racial no ensino superior é não perder de vista o acesso, mas também a permanência desse grupo na academia, por isso a parceria com o banco Itaú, representada pela oferta de bolsas aos nossos estudantes negros cotistas, é de suma importância para a nossa comunidade. Esse é o primeiro passo de uma parceria que tem muito potencial para continuar avançando”, avalia a assessora de Diversidade e Inclusão Social da UFPA, Zélia Amador de Deus. 

Outras parcerias

Em 2023, o Itaú Unibanco firmou parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para levar o Programa Potências à Universidade e, desde então, oferece 129 bolsas a estudantes cotistas Pretos, Pardos e Indígenas da instituição presentes nos campi de São Luís, Bacabal, Balsas, Chapadinha, Imperatriz e Pinheiro.

Os estudantes selecionados nessas localidades, com idades entre 18 e 49 anos, estão matriculados em 41 cursos variados, nas áreas de Humanas, Ciências Biológicas e Saúde e Exatas. A maioria (57,4%) se identifica como mulheres e 41,4% como homens (Cis e Trans). Com relação à cor/raça, 34,1% se autodeclaram pretos(as), 65,1% se autodeclaram pardos(as) e 0,8% se autodeclaram indígenas. 

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Belém
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